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Brasília

Adolescentes acordam cedo para receber o reforço da vacina contra o coronavírus

A campanha da dose de reforço em adolescentes começou ontem. No DF, 173 mil jovens estão aptos a receber a terceira dose

Redação Jornal de Brasília

30/05/2022 15h05

Guilherme Aguiar, 14 anos, recebendo a dose de reforço contra a covid-19 Foto: Gabriel de Sousa

Gabriel de Sousa
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A oportunidade de fortalecer a imunização contra a covid-19 chegou até os adolescentes brasilienses, que poderão aproveitar a sua juventude com maior segurança e ainda mais imunes contra o coronavírus. Desde ontem, começou a ser aplicada pelos profissionais da Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES/DF), a dose de reforço para jovens de 12 a 17 anos. Antes, a terceira dose da vacina era exclusiva apenas para a população maior de idade.

De acordo com o Governo do Distrito Federal (GDF), a capital federal possui 268.474 jovens de 12 a 17 anos, sendo que 241.783 receberam pelo menos a primeira dose da vacina, enquanto 194.898 também receberam a segunda aplicação. O intervalo necessário para receber a dose de reforço é de, no mínimo, quatro meses, fazendo com que 173.337 adolescentes estejam aptos a preencher, mais uma vez, a sua carteirinha de vacinação.

A disponibilidade desta etapa da vacinação para os adolescentes começou ontem após o Ministério da Saúde, nesta última sexta-feira (27), ter decidido ampliar as doses de reforço para a faixa etária. Segundo o Ministério, a aplicação deveria ser feita “preferencialmente” com a vacina da Pfizer, porém, em casos de indisponibilidade de unidades da marca, a Coronavac poderia ser utilizada.

Por meio de uma nota, o GDF informou que havia doses de Coronavac disponíveis no estoque distrital, o que possibilitou a vacinação de adolescentes com o reforço ter começado ontem em toda a capital federal. A pasta também informou que já realizou uma solicitação de novas doses da Pfizer-BionTech para o Ministério da Saúde, que devem ser recebidas e armazenadas em breve.

Os locais que os jovens poderão complementar a sua imunização vacinal são diversos e estão disponíveis em quase todo o Distrito Federal. O site da SES/DF informa que a vacinação com a dose de reforço para adolescentes estão disponíveis em Águas Claras, Brazlândia, Candangolândia, Ceilândia, Cidade Estrutural, Fercal, Gama, Guará, Itapoã, Núcleo Bandeirante, Paranoá, Planaltina, Plano Piloto, Recanto das Emas, Riacho Fundo I e II, Samambaia, Santa Maria, Sobradinho I e II, Taguatinga e Vicente Pires.

De acordo com dados do Vacinômetro, também disponibilizado pelo site oficial da Saúde, 1.211.451 brasilienses já receberam o reforço do imunizante desde o início da campanha de vacinação no DF. O número equivale a 42,55% da população vacinável do DF e 51,82% dos que já receberam a segunda dose ou a dose única da vacina.

Jovens agradecem por receberem maior segurança

Em Planaltina, um dos primeiros adolescentes a serem vacinados na Unidade Básica de Saúde nº20, foi Guilherme Aguiar, de 14 anos. Quem o levou para o ponto de vacinação foi o seu pai, José Aguiar, de 48 anos, que após ter o conhecimento da possibilidade de poder reforçar a imunização do jovem, não decidiu esperar por mais tempo para ter o seu filho ainda mais seguro contra o coronavírus.

“Eu me informei pelo site da Secretaria de Saúde, a gente sempre ou não tá acompanhando pelas redes sociais ou nos próprios jornais. A minha esposa me passou para eu vir aqui levar ele”, disse o pai.

Momentos antes de receber a vacina, Guilherme comentou com a nossa equipe de reportagem que se sentirá ainda mais seguro após receber o reforço vacinal, dizendo também que sempre aguardou pela chegada da sua vez de estar ainda mais seguro contra a doença. A imunização com a terceira dose acontece desde setembro de 2021 no DF, e após oito meses, chegou até até os adolescentes de 12 a 17 anos.

“É uma segurança maior para mim e para a minha saúde em si. Tipo, eu queria tomar mais [doses], para eu ficar ainda mais imunizado. [..] Eu fiquei aguardando, com o avanço do tempo, eles criaram a vacinação para idades e então chegou nos 14 [anos], que é a minha idade”, disse o adolescente na fila de aplicação da vacina em Planaltina.

Outra adolescente que garantiu o seu reforço vacinal no primeiro dia de liberação para a faixa etária foi a estudante Bárbara Vieira, de 17 anos, que diz ter “tomado um café, botado um casaco e ter ido correndo” para a Unidade Básica de Saúde nº1 da Asa Sul.

A jovem, diferentemente de Guilherme Aguiar, disse ter pensado que não iria conseguir receber a terceira dose enquanto fosse menor de idade, e estava aguardando pela oportunidade de se vacinar depois do seu próximo aniversário, quando passará a ser maior de 18 anos.

“Uma vez, eu fui para o postinho sem saber que só quem tinha mais de 18 [anos] que poderia receber o reforço, e acabei voltando sem ter me vacinado. Eu queria ter recebido naquele momento, mas depois eu ‘deixei de mão’ e fiquei esperando para ir novamente depois do meu aniversário em agosto”, disse a adolescente.

Bárbara disse que o seu atendimento na Asa Sul foi mais rápido do que nas outras duas aplicações, não precisando ter que enfrentar longas filas para ser vacinada com o reforço. “Foi bem rápido o atendimento lá, pensei até que iria ter demorado mais, mas foi bem rapidinho. Tinha outros adolescentes lá também. Muitos também acordaram cedo para poder ir mais seguros para escola, quando for sair com os amigos, conviver com a família”, relata a estudante de 17 anos.

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