Por Tereza Neuberger
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Na noite desta quarta-feira (06), o suspeito de decepar a mão do policial militar, Leandro Percivalli, de 37 anos, foi localizado. De acordo com a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), o suspeito foi localizado na casa de parentes, no Paranoá Park, e não resistiu à prisão.
O crime ocorreu na madrugada do último sábado (02), na quadra 905 Norte. O suspeito, identificado como Matheus, estaria fazendo ameaças de morte contra a própria namorada, momento em que a companheira do PM, Lívia Oliveira de 32 anos, teria escutado as ameaças. Lívia acordou o companheiro Leandro.
“A vítima teria escutado uma gritaria e uma discussão entre um casal na frente de sua residência, inclusive, com ameaças de morte de um homem em relação a sua possível companheira.” explica o delegado chefe da 2ªDP, João Guilherme.
O PM e a companheira moravam em uma casa vizinha aos pais do suspeito. Leandro é policial militar reformado do estado de São Paulo, e não pensou duas vezes em intervir na briga do casal. Ao intervir, o militar recebeu um golpe de facão na altura da região superior do corpo. Em uma tentativa de se defender, a vítima foi atingida no punho esquerdo e teve a mão esquerda amputada.
De acordo com as investigações, após ter desferido o golpe de facão, o suspeito teria ainda perseguido a vítima e, em seguida, teria tentado atropelá-la com seu veículo antes de fugir do local com a namorada.
“Tendo em vista a gravidade em concreto de tal conduta, a 2ª DP requereu ao Poder Judiciário a prisão preventiva do autor, a qual foi deferida”, ressalta o delegado. No decorrer das investigações a equipe da 2ª DP levantou indícios de que o suspeito estaria no Paranoá. A Polícia Militar localizou o suspeito na cidade satélite, e deu cumprimento ao Mandado de Prisão Preventiva requerido pela 2ª DP na 6ª DP do Paranoá.
O delegado João Guilherme descartou a possibilidade de legítima defesa por parte do suspeito. “A vítima interveio na briga do casal totalmente desarmado e sem qualquer instrumento quando foi atingido pelo golpe com o facão que ensejou a perda de sua mão esquerda, restando caracterizado a impossibilidade de defesa da vítima, afastando-se, por ora, qualquer argumentação de eventual legítima defesa por parte do autor.” afirma.
Foram coletadas imagens do momento do crime e já foram ouvidas várias pessoas na Delegacia. As investigações se encontram em fase avançada e quando concluídas serão encaminhadas ao Tribunal do Júri de Brasília.
O suspeito será interrogado e se condenado, pode pegar uma pena máxima aproximada de até 20 (vinte) anos. De acordo com o delegado, o crime pode ainda ter consequências jurídicas mais rígidas em razão de se tratar de crime hediondo.