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Brasília

Lixão da Estrutural: Estudo projeta descontaminação

O anúncio foi feito ontem pela Secretaria de Meio Ambiente do Distrito Federal (Sema-DF) em evento no Palácio do Buriti

Lindauro Gomes

27/11/2019 6h14

Pedro Marra
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A 15 quilômetros do Palácio do Planalto, o antigo Lixão da Estrutural, desativado em 20 de janeiro de 2018, vai ser objeto de estudo para descontaminar a área do aterro sanitário. O local ficou com solo poluído por chorume — que é o caldo escuro e ácido que causa decomposição do lixo despejado no aterro. O anúncio foi feito ontem pela Secretaria de Meio Ambiente do Distrito Federal (Sema-DF) em evento no Palácio do Buriti.

A revitalização do lixão terá apoio do projeto CITinova, coordenado nacionalmente pelo Ministério da Ciência, Tecnologia, Comunicação e Inovação (MCTIC) e financiado pelo Global Environment Facility (GEF, sigla em inglês), em parceria com a ONU Meio Ambiente e o Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE).

A realização do estudo ficou à cargo da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), que terá o prazo de 12 meses para apresentar o diagnóstico dos níveis de contaminação e a realização de testes-pilotos para propor ao Governo do DF (GDF) as tecnologias mais adequadas para a descontaminação do local.

“Nosso foco é a questão ambiental, com um projeto de recuperação da área com todo o diagnóstico pronto. É um passo importante para dizer que a pluma de chorume estaria a muitos metros do solo. A gente sabe que o maior problema vai para as nascentes, pois não sabemos onde que a pluma chegou no interior do Parque Nacional, e também na travessia do córrego Vicente Pires, que é um divisor de água”, afirma José Elói Campos, integrante do projeto e chefe do Instituto de Geociências da Universidade de Brasília (UnB).

Na prática, o trabalho propõe a instalação de poços de monitoramento, servirão para bombear o chorume. Serão 16 de 30 metros, e dois de 80 metros. Piscinas de chorume, que armazenam o líquido poluído, também farão parte do estudo. Ao todo, o projeto custará R$ 1,226 milhões, incluindo o diagnóstico e os testes-piloto.

A partir da década de 1960, o Lixão do Jóquei, como também é conhecido, foi utilizado como área para depósito de resíduos. Segundo o Serviço de Limpeza Urbana (SLU), estima-se que foram acumuladas 40 milhões de toneladas de resíduos no local desde o início.

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