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Brasília

Investigações apontam que ex-companheiro é autor de feminicídio no Núcleo Bandeirante

Em coletiva concedida nesta quarta (22), delegado esclareceu questões sobre a morte de Fátima Lisboa, 31 anos

Redação Jornal de Brasília

22/01/2020 11h07

Vítor Mendonça e Willian Matos
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A Polícia Civil (PCDF) elucidou questões sobre a morte de Fátima Lisboa, 31 anos, encontrada sem vida na última segunda-feira (20) em um apartamento no Núcleo Bandeirante. Segundo investigações, o ex-companheiro de Fátima, Atevaldo Sobral Santos, 48 anos, é o autor do crime.

Após o crime, Atevaldo atentou contra a própria vida. Conforme explica o delegado Rafael Ferreira Bernardino, da 11ª Delegacia de Polícia (Núcleo Bandeirante),  o homem foi o primeiro a ser encontrado, na tarde de segunda (20). O corpo estava em um matagal no Riacho Fundo próximo a uma árvore. 

O crime foi cometido com uma faca, mas, segundo o delegado, ainda é cedo para afirmar a motivação. Um equipamento de cozinha encontrado no local também pode ter sido utilizado. A linha de investigação, no entanto, é a de feminicídio.

Atevaldo e Fátima haviam se separado há pouco tempo. Foto: Reprodução/Facebook

O caso

Na manhã desta terça-feira (21), Fátima Lisboa foi encontrada morta em um apartamento na Área Especial 07 do Núcleo Bandeirante. Fátima foi encontrada pela amiga com quem dividia o apartamento no Edifício Tupi, na Terceira Avenida do Núcleo Bandeirante. Ela estava caída ao lado da mesa de jantar da copa.

Fátima tinha se mudado para o prédio no último sábado (18) para morar com as filhas e a amiga. As duas meninas, que têm 12 e 10 anos, também não conseguiram contato com a mãe na segunda-feira. De acordo com a tia delas, como estavam em período de mudança, elas já não iriam dormir em casa na segunda-feira – dormiriam na casa de outra tia – por isso não estavam no local na hora do crime. As informações preliminares da Polícia apontam que Fátima foi morta no final da manhã de segunda, entre 11h45 e 12h50.

Fátima e Atevaldo haviam se separado há pouco tempo. A irmã da vítima, Maria José, contou ao Jornal de Brasília que não percebia indícios de violência entre o casal. “Eles estavam em processo de separação mas eles eram muito amigos. Ela queria um apartamento para morar com as filhas e ele ajudou ela bastante com tudo, inclusive com a mudança”, afirmou. Contudo, o delegado relembra que, em dezembro 2014, o homem chegou a ser detido por violência contra a mulher (Lei Maria da Penha).

A 11ª DP segue investigando o caso.

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