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Brasília

“Horrível”, diz pai que matou filho sobre sensação de ficar sem Bernardo

“Minha única companhia era ele, o dia que ele não estava lá eu ficava o dia todo sozinho em casa praticamente”, afirma Paulo Osório

Vítor Mendonça

04/12/2019 17h04

Foto: Reprodução

Vítor Mendonça
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Em vídeo de depoimento à Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), Paulo Roberto Caldas Osório, 45 anos, afirma que se sente “horrível” ao ser perguntado da sensação de nunca mais ver o próprio filho depois de tê-lo matado. “Evito até ficar pensando, porque, senão, não vou aguentar”, diz o funcionário do Metrô/DF em interrogatório ao delegado Leonardo Ritt, chefe da Divisão de Repressão a Sequestros (DRS) da corporação.

“Ele era minha alegria dentro de casa. Toda a sustentação que estava tendo depois da morte do meu pai era ele. Minha alegria era ele, meu passatempo era ele, minhas brincadeiras eram com ele […] Tudo era baseado ‘em cima’ dele”, continuou o algoz do menino Bernardo da Silva Marques, de apenas 1 ano e 11 meses.

“Minha única companhia era ele, o dia que ele não estava lá eu ficava o dia todo sozinho em casa praticamente”. De acordo com a fala de Paulo, a evidência da solidão poderia ser aferida pela presença do cachorro de um de seus amigos, que teria entregue o animal para lhe fazer companhia e lhe deixar alegre.

Conforme já havia relatado à polícia, “a intenção era dar um susto”, de acordo com o assassino. “Eu ia só sumir com o menino e passar uns dias com ele e pronto, eu ia voltar”, finalizou Paulo Roberto.

As buscas para encontrar o corpo do menino seguem sendo feitas pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), juntamente com equipes do estado da Bahia. De acordo com o delegado Ritt, a procura está delimitada em um raio de 100 km no perímetro indicado por Paulo à polícia. A mobilização é feita em terra e pelo céu, com helicópteros.

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