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Brasília

“Hora de executar é agora”, afirma secretário de Obras do DF

À reportagem, Luciano Carvalho deu detalhes sobre as obras em andamento na capital federal e traçou os próximos passos para o ano de 2023

Elisa Costa

07/06/2023 5h00

Foto: Elisa Costa/Jornal de Brasília

Em entrevista ao Jornal de Brasília, o secretário de Obras e Infraestrutura do Distrito Federal (SODF), Luciano Carvalho, falou sobre as mais diversas obras na capital federal, projetos futuros da pasta e destacou que um dos principais focos é acelerar a entrega das obras viárias e das obras de infraestrutura para regiões como do Sol Nascente/Pôr do Sol. “Todas as obras são importantes e a hora de executar é agora, porque obras de infraestrutura tem produção alta e eficiência na época da seca. A gente precisa aproveitar a janela de tempo’’, afirmou o secretário.

Luciano Carvalho é formado em Engenharia Civil pela Universidade de Uberaba e atuou com obras de edificações residenciais, comerciais e industriais, construções e reformas. Foi secretário adjunto da SODF de janeiro a abril de 2019 e Diretor de Urbanização da Companhia Urbanizadora da Nova Capital (Novacap) de maio a dezembro de 2019. Em 2020, assumiu a Secretaria de Obras e Infraestrutura do DF e é o líder da pasta desde então.

Um dos destaques da gestão do governador Ibaneis Rocha são as obras. Por que elas são tão importantes para a população do DF?

Brasília cresceu muito nos últimos anos e ficamos muito tempo sem investimentos grandes na infraestrutura, contudo, esses investimentos precisam ser feitos de maneira constante. São fundamentais para manter a qualidade de vida das pessoas. A infraestrutura precisa ser feita de maneira rotineira, melhorando, ampliando e implantando novos projetos. O governador Ibaneis pegou isso como uma questão de honra e decidiu retomar as obras. É isso que estamos fazendo. Sabemos que existem muitas obras em andamento ao mesmo tempo, mas essa é uma forma de recuperar o tempo perdido e também trazer benefícios.

Quantas obras estão em andamento no momento?

Na Secretaria de Obras e Infraestrutura temos em torno de 30 contratos em andamento, mas não é só a nossa pasta que realiza obras. Temos o Departamento de Estradas de Rodagem (DER) – que possui bastante contrato – a Terracap, a Novacap, a Secretaria de Educação, Secretaria de Saúde, Codhab e outros. São vários órgãos que executam obras, porém, cada um na sua especialidade. Cada um tem seu nicho, sua forma de atuar, mas trabalhamos com uma ideia só: a de levar as benfeitorias para a população.

A secretaria trabalha de forma integrada com esses outros órgãos?

Sim. A característica do nosso governo é ser integrado e não só na Secretaria de Obras. A principal função da Secretaria de Governo é essa: fazer a integração. Aqui temos muita facilidade de contatar qualquer órgão e de transitar dentro deles. Temos uma ligação com a Secretaria de Transporte e Mobilidade, por conta dos corredores de ônibus e com a Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação, para aprovar os nossos projetos. O governador Ibaneis nos cobra muito isso: trabalhar de forma integrada, e tem sido assim desde o começo. Sem dúvidas isso facilita a elaboração, aprovação e execução de projetos.

Quais obras no DF o senhor considera urgentes ou precisam ser concluídas com maior rapidez?

As obras viárias, no meu ponto de vista, são as mais importantes, pois temos um crescimento muito grande da população, que demanda por vias maiores, mais largas e corredores expressos de ônibus. Claro que, a educação, saúde e outras áreas também têm sua importância, mas dentro da área de infraestrutura temos algumas de destaque, como o Túnel Rei Pelé, que foi entregue, o Viaduto da EPIG, o corredor de ônibus do Setor Policial Sul e a recuperação de vias como a da Estrutural e da DF-001.

Quais regiões administrativas do DF estão mais carentes de obras de infraestrutura?

Um dos focos desse mandato é a região do Sol Nascente. Lá, além das nossas obras de infraestrutura, a Codhab está fazendo unidades habitacionais, um restaurante comunitário, um terminal rodoviário, creches, escolas e unidades de saúde. O Sol Nascente é taxado por alguns como uma grande favela, e o governador fez o compromisso de transformar em região administrativa, e com isso, os investimentos foram impulsionados. Temos quatro contratos em andamento na região, que totalizam mais de R$200 milhões de reais.

Sobre o Viaduto da Epig, o que falta ser feito e qual a previsão de entrega da obra?

Por ser uma obra que tem muito movimento de terra, no período de chuva a produção foi baixa, mas com o período da seca conseguimos fazer uma entrega parcial. Liberamos a via no sentido Eixo Monumental e Setor de Indústrias Gráficas, e recentemente liberamos o sentido contrário. Temos o trânsito liberado nos dois sentidos, nas vias definitivas, passando por cima do viaduto. Ainda falta concluir a ligação por baixo, do Parque da Cidade para o Sudoeste, que está em andamento. O viaduto terá quatro alças de tesourinhas, uma característica de Brasília e nossa previsão é que até o final de julho e começo de agosto a gente termine a parte viária e depois finalize a parte de paisagismo, com calçadas e ciclovias.

Na época de campanha eleitoral, em 2022, o governador Ibaneis comentou sobre três novos hospitais regionais. Eles já estão em andamento?

Já tem os locais definidos para os hospitais, que serão erguidos no Recantos das Emas, Guará e São Sebastião. Dos três, já temos duas licitações publicadas, mas não tenho maiores detalhes pois a Novacap e a Secretaria de Saúde estão à frente disso. É um compromisso de campanha e sei que os órgãos estão se articulando para que tudo aconteça o mais rápido possível.

O Drenar DF é uma obra grande que pretende resolver um problema antigo de inundações no Plano Piloto, mas outras regiões também passam por problemas similares durante o período de chuva. A secretaria está fazendo obras de drenagem em outros locais ou pretende fazer?

Além do Drenar DF temos na Secretaria de Obras o projeto Drenar Taguatinga, onde vamos refazer toda a drenagem da região e pretendemos fazer as licitações ainda esse ano. Também temos no nosso escopo, a contratação de projetos de drenagem para Ceilândia. Comentamos sobre o Sol Nascente anteriormente e a principal obra que a região recebe é a drenagem. Sem a drenagem pluvial não se pode fazer a pavimentação, porque ela pode se perder na primeira chuva que vier com mais intensidade. Vicente Pires também tem obras de drenagem em andamento, assim como localidades do Guará.

O que os habitantes do DF podem esperar para esse ano de 2023, com relação às obras, o que vem de novidade por aí?

Temos muitas entregas para fazer este ano e algumas obras estão para começar, como o corredor de ônibus da Epig, que vai interligar com a EPTG e com o Eixo Monumental. A via EPIG é muito importante para o sistema do Corredor Eixo Oeste, e essa obra terá uma duração de três anos. Em Vicente Pires, vamos fazer uma ponte para ligar a rua 3B com o setor do jockey e também uma duplicação na ligação do Guará para o Núcleo Bandeirante. Tem uma terceira etapa de requalificação para ser licitada na Avenida Hélio Prates e no Setor Comercial Sul temos a previsão de entrega das quadras 3, 4 e 5 revitalizadas. Reconhecemos o transtorno das obras, os problemas, mas temos certeza que todas elas são importantes. A hora de fazer essas obras é agora, porque obras de infraestrutura tem produção alta e eficiência na época da seca. Precisamos aproveitar a janela de tempo.

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