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Brasília

Homem que arremessou cabeça da companheira contra a parede é condenado a 10 anos de prisão

Acusado agrediu a própria esposa na frente dos três filhos do casal — um deles chegou a ficar manchado com o sangue da mãe. Réu foi condenado por tentativa de feminicídio

Willian Matos

11/09/2019 11h46

Willian Matos
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O Tribunal do Júri de Taguatinga condenou Guilherme José de Oliveira, de 28 anos, a 10 anos de reclusão por tentativa de feminicídio. Em janeiro deste ano, o acusado deu socos na esposa e arremessou a cabeça dela contra a parede diversas vezes. Os três filhos do casal viram toda a ação, e um deles chegou a ficar manchado com o sangue da mãe.

Guilherme agrediu a esposa Ana Célia Cristóstomo Carvalho, de 40 anos, na residência do casal, na QND 8, em Taguatinga. Eles moravam juntos há três anos. À época, o filho mais velho do casal tinha apenas três anos de idade.

Segundo investigações, Guilherme havia ingerido bebida alcoólica na noite anterior (1º de janeiro), chegado em casa por volta de 9h do dia 2 e encontrado os pertences dele do lado de fora de casa. Ele ficou nervoso e ameaçou Ana Célia de morte. Em seguida, deu início ao espancamento, batendo a cabeça dela contra a parede. A vítima chegou a desmaiar.

Ana Célia teve diversas escoriações. Foto: Reprodução/TV

O crime poderia ter evoluído de tentativa de feminicídio para feminicídio se não fosse a ajuda dos vizinhos, que pediram socorro ao ouvir os gritos de Ana Célia. Ela foi levada ao Hospital Regional de Taguatinga (HRT) com fratura no crânio, ferimentos na cabeça e sangrando pelo nariz, ouvido e boca. No entanto, dois dias depois, a vítima fugiu do HRT e foi para casa, por medo do que Guilherme pudesse fazer com os filhos.

Guilherme foi encontrado pela Polícia Civil do DF (PCDF) três dias após a agressão e estava preso até então. Para o Ministério Público do DF (MPDFT), ele só não matou Ana Célia porque ela foi socorrida.

Reincidência

O acusado já havia sido preso outras três vezes por agressão à companheira. À época, o então delegado-chefe da 17ª Delegacia de Polícia (Taguatinga), Douglas Fernandes, explicou que ele sempre terminava respondendo em liberdade. “Ele foi condenado nas três, mas todas as penas eram muitas baixas”, afirma.

Guilherme foi condenado pelo crime de feminicídio “praticado contra a mulher por razões da condição de sexo feminino, no contexto de violência doméstica e familiar”, explica nota do Tribunal de Justiça do DF (TJDFT). Ele cumprirá a pena em regime inicial fechado e não poderá responder em liberdade.

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