Funcionários da Casa Santo André, entidade sem fins lucrativos que tem a missão de ajudar moradores de rua, fazem um protesto em frente à Secretaria Adjunta de Desenvolvimento Social (Sedestmidh), na manhã desta quarta-feira (19). De acordo com os manifestantes, a entidade tem convênio com o Governo do Distrito Federal e estaria há dois meses sem receber o repasse mensal no valor de, aproximadamente, R$ 1 milhão.
O dinheiro seria utilizado para o pagamento de servidores e fornecedores. Um dos funcionários do local informou que o pagamento vem sofrendo atrasos desde dezembro do ano passado. Neste ano, no entanto, eles estão sem receber os salários de março e abril, além de benefícios. “Os telefones estão cortados e as contas de água e luz também não foram pagas”, relatou.
Os manifestantes criaram uma comissão denominada “Unidos somos mais fortes” para decidirem os rumos da paralisação. Eles dizem que já acionaram a pasta e a diretoria da entidade sobre a atual situação. O ato é uma iniciativa dos próprios trabalhadores.
Saiba mais
A Associação Casa Santo André tem 12 anos de atuação. Seu principal objetivo é ajudar moradores de rua a reencontrar um caminho e a ter uma chance de reconstruir a história de vida. “Dar uma chance a quem perdeu tudo, até mesmo a esperança de uma nova vida, esse é nosso trabalho”, diz a entidade.
A instituição é composta por cinco casas que fazem acolhimento social e abordagem nas ruas, sendo duas em Sobradinho e três no Gama.. Atualmente, cerca de 220 moradores em situação de risco estão abrigados pela Casa, que conta com 60 funcionários e 15 equipes de abordagem.
Posicionamento
Em nota, A Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos (Sedestmidh) informou que está atrasado o pagamento referente ao mês de março de 2017, devido à baixa arrecadação do Distrito Federal e que está realizando os esforços necessários para que o pagamento seja regularizado o mais rápido possível.
A pasta ressaltou que possui duas parcerias com a Casa Santo André, uma para acolhimento de adultos e famílias, na modalidade Casa de Passagem com 220 vagas. Outra para o Serviço Especializado de Abordagem Social com a meta de dois mil atendimentos por mês.
