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Brasília

GDF apoia horta comunitária do Paranoá Parque

Os produtos plantados na horta são destinados às famílias de cerca de 150 crianças atendidas pelo Instituto Social Maior

Redação Jornal de Brasília

05/02/2024 12h51

Foto: Emater-DF

O Programa de Agricultura Urbana de Brasília Verde, da Emater-DF, entregou, na última semana, diversos insumos e ferramentas para o cultivo de hortaliças na horta comunitária urbana do Instituto Social Maior, no Paranoá Parque.

Com 300 m² de área cultivada atualmente, o espaço produz salsinha, cebolinha, alface, manjericão, ervilha, feijão, milho, banana, peixinho, couve, pimenta e outras variedades e hortaliças. Esses produtos são destinados às famílias de cerca de 150 crianças atendidas pelo instituto.

A horta comunitária do Paranoá Parque foi criada em 2020 para envolver os pais das crianças e jovens mantidos pelo Instituto Social Maior no cultivo das hortaliças e limpeza do espaço, além de garantir alimentos saudáveis para a comunidade. Hoje, por falta de água, os cuidados são divididos apenas entre a diretoria da instituição e alguns pais e jovens atendidos pela obra social.

Acompanhamento

O Instituto Social Maior tem autorização legal da Secretaria de Desenvolvimento Urbano e Habitação (Seduh) e da Administração Regional do Paranoá para utilização de um espaço de 1.700 m² destinado à criação da horta comunitária urbana. A Emater-DF fornece apoio ao projeto por meio de entrega de insumos, como adubo orgânico, calcário, fertilizantes, e ferramentas – enxada, enxadão, regador, luvas e ancinho – para uso no plantio das hortaliças.

“Antes desse apoio, nós trabalhávamos apenas com terra vermelha e terra queimada; agora conseguimos adubar e enriquecer o solo para o plantio, garantindo a produção de alimentos mais saudáveis”, afirma o presidente do instituto, Eduardo Santos de Abreu.

“O apoio da empresa possui um caráter pedagógico do ponto de vista ambiental, por envolver a comunidade na manutenção das hortas comunitárias urbanas”, explica o assessor técnico de agricultura urbana da Emater-DF, Tiago Leite. “Ao cuidar dos espaços cultivados, os moradores da comunidade zelam pelas áreas e estabelecem vínculos de solidariedade entre si. Além disso, os produtos garantem segurança alimentar e nutricional aos beneficiários.”

Planejamento

Eduardo de Abreu pretende, também com o apoio da Emater-DF, elaborar um planejamento de plantio de hortaliças ao longo do ano e um projeto de fornecimento de água para uso na horta. Hoje, o espaço não tem água própria, o que representa um grande empecilho para ampliação do projeto, cuja expectativa é usar espaços livres do Paranoá Parque para implantação de pequenos canteiros produtivos.

“Sabemos que há hortas em que, na sua maioria, a comunidade colhe os produtos para o seu próprio consumo, mas também podem ser uma fonte de geração de renda, especialmente em comunidades de vulnerabilidade social”, observa o secretário-executivo da da Secretaria de Agricultura (Seagri-DF), Rafael Bueno. “Somando-se a isso, temos um bom uso de áreas, em especial as públicas, onde não havia nenhuma atividade, e a comunidade utilizava irregularmente essa área como depósito de entulho. Atualmente, esses espaços tornaram-se produtivos.”

O instituto

A principal atividade desenvolvida pelo Instituto Social Maior é oferecer aulas de futebol para cerca de 150 crianças e jovens entre 6 e 18 anos inscritos no projeto. De acordo com Eduardo de Abreu, o esporte é uma maneira eficaz de aproximação do público infanto-juvenil e tirá-lo das ruas, da marginalidade e da criminalidade. Para as aulas de futebol, o projeto conta com o trabalho voluntário de oito professores que se dividem nas quadras poliesportivas do Paranoá Parque.

O instituto tem o apoio do Sesc, da Ceasa-DF e do Ministério Público do DF na distribuição de cestas básicas e na manutenção da escola de futebol. Além disso, a entidade presta orientação jurídica voluntária aos pais do projeto. Dentre os serviços mais procurados, têm destaque direcionamentos para aposentadoria, documentos pessoais e outros.

Agricultura urbana

O programa de Agricultura Urbana da Emater-DF visa prioritariamente incentivar a segurança alimentar e a geração de renda pelo incentivo à produção de hortaliças orgânicas em hortas comunitárias e escolares no DF. Dessa forma, a empresa promove a qualificação de pessoas que serão multiplicadoras do conhecimento na produção agroecológica de hortaliças no espaço urbano.

Para subsidiar a produção das hortas escolares e hortas comunitárias, são repassados insumos na forma de adubos, sementes e ferramentas, além de orientação técnica, gerando anualmente benefícios indiretos a alunos e seus familiares. Em 2023, 146 hortas comunitárias foram implantadas, reformadas ou receberam assistência técnica da Emater-DF. A empresa atende hortas comunitárias em escolas públicas do DF, instituições socioassistenciais, centros de saúde, entidades filantrópicas e áreas públicas.

De acordo com o coordenador do Programa de Agricultura Urbana da Emater-DF, Rogério Vianna, a previsão é que, este ano, o número de hortas atendidas suba para 160 a 180 instituições, com investimento de R$ 150 mil em insumos, como adubos, sementes e ferramentas. Além disso, está prevista a instalação de sistemas de captação de água das chuvas em 28 escolas públicas, com investimento de R$ 566 mil.

“Além da implantação de hortas em escolas públicas, unidades socioassistenciais e áreas públicas, levamos todo o apoio técnico ao cultivo e produção e incentivamos a adoção de tecnologias para reaproveitamento de água de chuva e reaproveitamento de resíduos orgânicos na forma de compostagem e biodigestores”, detalha o gestor. “Essas ações impactam diretamente a alimentação desses públicos, que acessam alimentos mais saudáveis e promovem uma cidade mais sustentável, uma Brasília Verde.”

As informações são da Agência Brasília

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