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Brasília

GDF antecipa doses de reforço e filas aumentam nos postos de saúde

A redução do intervalo, de cinco para quatro meses, contribui para aumentar a proteção devido à chegada ao Brasil da variante Ômicron

Redação Jornal de Brasília

21/12/2021 18h54

Foto: Luciana Costa/Jornal de Brasília

Por Luciana Costa
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O Governo do Distrito Federal reduziu em um mês o intervalo para as doses de reforço da AstraZeneca, CoronaVac ou Pfizer-BioNTech, para maiores de 18 anos com ciclo vacinal completo contra a Covid-19. No primeiro dia de vacinação, ontem (21), as filas aumentaram nos postos de saúde, com espera aproximada de três horas para receber atendimento.

Após a autorização do Ministério da Saúde no sábado (18), o governador Ibaneis Rocha (MDB) esperou a chegada de mais doses na capital. O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, antecipou a aplicação da 3ª dose de cinco para quatro meses. A redução do intervalo se dá como medida de enfrentamento da nova variante Ômicron, para frear o avanço de variantes recém-chegadas e prevenir o aumento de hospitalizações e óbitos, em especial dos grupos de risco.

Os quatro meses são contados após a segunda dose, que desde terça-feira (21), é o prazo mínimo de espera. O reforço vale para qualquer pessoa maior de idade que tenha recebido as duas doses de vacina. No posto de saúde da Asa Norte, localizado entre as quadras 114/115, Renata (41), que aproveitou o horário de almoço, estava na fila há mais de duas horas, ainda demoraria mais trinta minutos, no mínimo, para ser atendida.

“Eu vim logo no primeiro dia porque o fim do ano está logo aí, é melhor estar com as doses reforçadas para as festas e as reuniões, para o próximo mês de janeiro também. Mas, mesmo com o movimento maior, eu imaginei que mais funcionários estivessem aplicando as doses, só tem uma ou duas pessoas lá dentro”, comentou Renata.

Com a antecipação, são 693.478 moradores do Distrito Federal podem receber a dose de reforço. Além dos adiantados para a terceira aplicação, o posto da Asa Norte atende os demais públicos, de primeira e segunda dose da Covid-19.
Foi o caso da Ana Cristina (52), que levou a filha adolescente, Ana Letícia (15), para ser vacinada com a segunda dose, porém elas se depararam com longa fila e o atendimento lento, resultando em uma espera de três horas em pé.

Desavisada, Ana Cristina conta que não sabia do adiantamento do reforço, “eu vim pensando que seria só para quem estivesse completando cinco meses, porque já posso tomar a terceira dose”. Conforme as orientações emitidas pela Secretaria Extraordinária de Enfrentamento à Covid-19 (Secovid), a vacina da Pfizer será utilizada como dose de reforço em pessoas vacinadas com os imunizantes Coronavac, AstraZeneca e Pfizer, devido ao aumento e velocidade da resposta imunológica. O subsecretário de Vigilância à Saúde substituto, Fabiano dos Anjos, esclareceu que “a dose de reforço é para aumentar a capacidade do organismo de responder, principalmente, a essa nova variante que tem surgido”.

Entretanto, os imunobiológicos da Janssen e AstraZeneca também poderão ser utilizados na dose de reforço. Os vacinados com a dose única da Janssen também deverão reforçar o imunizante, de forma que àqueles quem a receberam entre dois e seis meses atrás estão aptos para a segunda dose.

Em nota técnica do Ministério da Saúde, é mantido o intervalo de cinco meses para gestantes e puérperas, com até 45 dias pós-parto, que devem receber somente o reforço com o imunizante Pfizer. Para pessoas imunossuprimidas graves, também está prevista dose adicional quatro meses após a dose de reforço.

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