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Brasília

Feira da Ceilândia: vendedor de CD faz sucesso com brega, mas gosta mesmo do gospel

Genivaldo começou a trabalhar com venda de músicas ainda na época da fita cassete quando tinha 15 anos de idade

Redação Jornal de Brasília

29/03/2022 17h10

Foto: Gabriel Campos

Gabriel Campos
(Jornal de Brasília / Agência de notícias do CEUB)

Na entrada da Feira da Ceilândia, um som sobressai. Sertanejo, brega funk e até gospel. As músicas para gostos diversos saem dos dois auto falantes como se o lugar ficasse envolvido em uma boate ao ar livre. Ao chegar mais perto, que se ouve que o som exacerbado surge direto de um carrinho. Quem gerencia a zoeira é um piauiense, de 43 anos de idade e que se identifica como “Genivaldo”. Expressão séria, tatuagem no braço esquerdo de halterofilista e raros sorrisos. Mas fala mais quando lembra da história de trabalho. Ele vende CDs de músicas em frente à feira desde 1994.

Genivaldo começou a trabalhar com venda de músicas ainda na época da fita cassete quando tinha 15 anos de idade. Mas a “modernidade” do CD, segundo o comerciante. melhorou bastante as vendas. Durante a pandemia da covid-19 a situação financeira ficou mais complicada. Mas deu para se manter, também por conta do auxílio emergencial que o governo disponibilizou no começo da pandemia., “Deu pra escapar devagarzinho, já que a gente estava recebendo o auxílio. Mas continuei trabalhando do mesmo jeito”.

Modernidades

Diferente do que as pessoas possam pensar, os aplicativos de músicas como o Spotify, não diminuíram nas vendas de Genivaldo. Ele garante que, ainda hoje. muitas pessoas não têm a paciência de mexer nesses aplicativos e preferem comprar o CD. Apesar de trabalhar com os estilos musicais que mais vendem, como sertanejo e rap, Genivaldo explica que gosta de escutar músicas gospel. Segundo ele, esse estilo de música vende menos na frente da feira.

Para chamar a atenção dos clientes, Genivaldo gastou R$ 8 mil em um aparelho de som. “A qualidade é boa, você coloca uma música, o cliente gosta e compra”. Mas o investimento se valeu e Genivaldo conseguiu recuperar o valor gasto no som através das vendas dos CDs e pen-drives. Cada um deles por R$ 5.

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