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Brasília

Esposa de Lázaro diz que ele não vai se entregar: “Matar ou morrer”

Helen disse também que foi agredida por policiais durante as buscas pelo fugitivo

Redação Jornal de Brasília

21/06/2021 9h13

Identificada como Helen, a companheira de Lázaro Barbosa de Sousa deu entrevista ao programa Domingo Espetacular, da TV Record, neste domingo (20). Ela disse ao repórter Roberto Cabrini que Lázaro não vai se entregar.

Perguntada se tem medo de que Lázaro seja morto, Helen diz que sim, porque, na visão dela, o companheiro não vai se entregar à polícia. “Acho que ele está ali, pelo jeito, para matar ou morrer, porque ele não quer se render, não quer se entregar”, comenta.

Lázaro e Helen têm uma filha de 2 anos. A mulher diz que não vai privar a criança de ter contato com o pai. “O amor dele pela filha dele é verdadeiro”, afirma. Ela, no entanto, comenta que não quer manter o relacionamento com o fugitivo. “O amor dele por mim é verdadeiro também, mas eu acho que não quero mais viver essa vida porque, mesmo ele estando preso, tenho que estar junto, se eu for ter que visitar ele. Ele foi uma pessoa boa pra mim, mas a confiança acabou.”

Helen concorda que Lázaro seja visto como um assassino, mas não consegue aceitar que ele seja um maníaco. Ela recorda que o homem reclamava da criação que teve do pai. “Ele dizia pra mim que o pai dele foi uma pessoa muito ruim: batia na mãe dele, judiava dele. Tanto que, uma vez ele, foi tentar separar a agressão física do pai, e o pai dele jogou uma cadeira na cabeça dele.”

A mulher faz um apelo ao criminoso: “A gente não apoia o que você fez, mas a gente te ama pelo o que você foi com a gente. Pare de fazer vítimas, pare de atirar nos policiais porque é o trabalho deles. Eles também têm família, tem filhos, esposas. Então, se você estiver assistindo, a gente só pede que você se entregue e pague pelo que você fez.”

Agressão de policiais

Helen relata ainda que foi agredida por policiais. Ela diz na entrevista que não quer mais passar o que passou com as autoridades e detalha as agressões. “Bateram no meu rosto. Eles queriam que eu desse conta dele, sendo que eu não sabia onde ele estava. Aí, o policial deu 3 ou 4 tapas no meu rosto”, revela. “Ele quebrou o rodo da minha tia para me bater com o cabo. Aí eu pensei comigo: não acho justo eu apanhar com esse cabo de vassoura porque ele sabe que eu eu não sei onde está o Lázaro.”

13 dias foragido

Lázaro tem feito com que mais de 200 policiais estejam à sua caça pelo 13º dia seguido. Ele se embrenhou na mata após a chacina no Incra 9, no último dia 9 de junho, e tem escapado da força-tarefa desde então. De lá para cá, o criminoso fugiu para Cocalzinho de Goiás-GO e tem circulado por chácaras e fazendas da região, incluindo os distritos de Edilândia e Girassol.

Em uma ocasião, ele sequestrou uma família e levou para a beira de um córrego. Ordenou que eles tirassem suas roupas e os camuflou com folhas para que helicópteros e drones não percebessem a presença. Antes de qualquer outra ação, a polícia encontrou a família e trocou tiros com Lázaro. As vítimas foram salvas, mas o fugitivo se escondeu de novo.

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