Em março do ano passado, uma disputa acirrada pelo comando da presidência do Pros envolveu dois grupos rivais. No entanto, devido a conflitos e divergências, a resolução desse embate foi transferida para a jurisdição da Justiça do Distrito Federal, que concedeu a vitória a uma das partes em disputa.
Quatro meses após essa determinação, em julho, um dos desembargadores que havia proferido um voto favorável ao grupo vencedor se viu envolvido em alegações graves de corrupção, com a acusação de ter recebido a quantia substancial de R$ 5 milhões em propina em troca de seu veredicto.
Diante da repercussão do caso, o próprio magistrado solicitou que as autoridades competentes investigassem a situação, em um gesto de transparência e responsabilidade. Conforme os promotores conduziram as investigações, concluíram que tanto o desembargador quanto sua irmã foram vítimas de uma trama meticulosa elaborada por uma funcionária comissionada. O propósito desse plano era invalidar a decisão judicial que havia determinado a liderança do partido.
De acordo com as informações obtidas, os investigadores alegam que Liliane, a funcionária comissionada, teria exigido a quantia de R$ 80 mil da irmã do desembargador, do novo presidente do Pros e de uma advogada, após a sentença proferida pela Justiça. No entanto, as alegações sugerem que esse trio não cedeu às ameaças ou demandas financeiras feitas por Liliane.