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Brasília

É tempo de seca e de mais cuidados com a saúde e o meio ambiente

O período de estiagem no DF se inicia em maio, implicando na baixa umidade e escassez de chuva e na atenção com relação à saúde

Redação Jornal de Brasília

04/05/2022 11h34

Foto: Joel Rodrigues/Agência Brasília

O período de estiagem no Distrito Federal se inicia em maio, implicando na baixa umidade e escassez de chuva e na atenção redobrada com relação à saúde e ao meio ambiente. Essa é a época que o brasiliense tem que tomar cuidado com a hidratação e cuidado com incêndios nas áreas urbanas e verdes.

“A seca é uma característica do nosso clima, é inevitável. O que é evitável são essas doenças agravadas em razão da secura e da piora relacionada ao aumento da poeira”, diz o coronel da Defesa Civil do Distrito Federal, Wender Costa.

Segundo a Defesa Civil, são utilizadas três classificações padrões de cautelas em relação à situação de baixa umidade do ar:

— De atenção (entre 20% e 30% por cinco dias seguidos)
— De alerta (entre 12% e 20% por três dias consecutivos)
— De emergência (abaixo de 12% por dois dias em sequência)

“Para tanto, a Defesa Civil faz muitas recomendações nesse período do ano, emitindo alertas para a população e monitorando temperaturas e umidade, que é uma combinação ruim”, destaca o coronel.

Combinação ruim mesmo, que afeta boa parte da população, sobretudo as pessoas mais vulneráveis. Segundo especialistas, a baixa umidade aumenta a incidência de doenças respiratórias, como rinite alérgica e asma, além de causar problemas na pele, nos olhos e, o que é pior, sangramento nasal. O mais preocupante é que entre as principais vítimas estão crianças e idosos, pessoas com comorbidades e precisam de atenção especial.

Por isso que uma das recomendações mais importantes repassadas tanto pela Defesa Civil quanto por profissionais da saúde é evitar atividades esportivas ou exercícios de qualquer natureza entre às 10h e 17h. Outra orientação é o uso de roupas leves, assim como a utilização de hidratantes labiais, cremes corporais, além de protetor solar. Hidratação é essencial.

“A hidratação é fundamental. Quando a pessoa começa a sentir sede significa que ela já está desidratada”, orienta a infectologista do Hospital Regional da Asa Norte (Hran), Ana Helena Germoglio. “Então não é para esperar sempre ter sede para aumentar a hidratação”, avisa.

Outro agravante nesse período de estiagem, alerta a infectologista, diz respeito à liberação total do uso da máscara, que aumenta a circulação de muitos vírus de transmissão respiratória. As principais vítimas, segundo ela, são as crianças de menor idade. “Principalmente as crianças pequenas que retornaram às escolas, muitas delas liberadas a ficar sem máscara, estão piorando de doenças de transmissões respiratórias”, avalia. “Na seca, essa situação piora”, observa a infectologista do GDF.

Com relação às escolas, os avisos de alertas são feitos com frequência pela Defesa Civil. Segundo o coronel Wender Costa, são espaços que devem operar dentro de uma normalidade nesses períodos de seca, com atividades realizadas em locais fechados, para evitar a exposição do sol ou em locais com maior controle de ventilação. “Fazemos avisos diretos às escolas, estamos sempre em contato com os coordenadores regionais de ensino”, conta.

Queimadas e incêndios

Calor, temperaturas altas e irresponsabilidade são ingredientes que não combinam. Para o coronel Wender Costa, o mesmo rigor no cuidado com a saúde nesse tempo de estiagem precisa ser estendido para o meio ambiente. E aí deve imperar o bom senso. Por exemplo, nas áreas urbanas, a atenção é com as instalações elétricas de prédios e construções, que sempre devem estar em boas condições.

Nas áreas rurais, em hipótese alguma se deve atear fogo em áreas verdes e a responsabilidade com o descarte de materiais biodegradável é individual. De modo que a destinação de materiais como sobra de cigarros e carvão são importantes. E, para a turma do luau que gosta de acampar, uma dica. Após o uso da fogueira, a atitude mais correta com relação ao material é enterrá-lo.

“O ideal é não deixar lixo, mas todo esse material biodegradável que a pessoa, eventualmente, não quer carregar, tem que ter o destino correto, pois eles podem reacender”, alerta o representante da Defesa Civil. “Todo esse material que pode voltar a pegar fogo tem que ser enterrado ou apagado com água. A guimba de cigarro é mais que suficiente para botar fogo numa vegetação inteira”, lamenta.

Para quem não sabe, atenção!

A Defesa Civil do Distrito Federal (DCDF) envia informes de alertas via mensagens de SMS à população, destacando a possibilidade de condições climáticas que possam causar transtornos à sociedade. Interessados podem fazer o cadastro para recebimento dos torpedos enviando uma mensagem de SMS com o CEP de sua residência para o número 40199.

Confira as principais orientações da Defesa Civil nesse período de seca:

— Manter uma boa hidratação (água, sucos naturais, água de coco, por exemplo). Sugerimos portar, sempre que possível, uma garrafa para reposição de líquidos.

— Umedecer periodicamente as narinas e os olhos com soro fisiológico para evitar o ressecamento.

— Utilizar hidratantes labiais e cremes corporais.

— Utilizar umidificador, baldes ou bacias com água, ou panos molhados, de forma a elevar adequadamente a umidade do ar em casa.

— Manter a adequada limpeza dos ambientes, evitando acúmulo de pó e reduzindo a presença de ácaros e fungos, a fim de minimizar o surgimento de crises alérgicas.

— Dar especial atenção às crianças e aos idosos, monitorando principalmente a questão de hidratação e doenças respiratórias.

— Reduzir ou suspender, se possível, as atividades físicas entre as 10h e 17h (período mais quente do dia).

— Dar preferência a refeições leves.

— Usar roupas leves, chapéu ou boné.

— Ficar atento à previsão do tempo e, em caso de Alerta de Baixa Umidade, intensificar os cuidados.

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