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Brasília

DF registra 120 mil casos de dengue em 2024

A taxa de incidência da doença é classificada como alta em 28 Regiões Administrativas do Distrito Federal

Redação Jornal de Brasília

05/03/2024 15h12

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

O Distrito Federal atingiu a marca de 120 mil casos prováveis registrados de dengue em 2024. Se comparado com o último boletim epidemiológico divulgado no dia 26 de fevereiro, foram registrados mais de 20 mil casos neste período. Ainda de acordo com o documento, foram confirmados 78 óbitos. Além destes, outros 84 ainda estão sendo investigados.

A secretária de Saúde do Distrito Federal, Lucilene Florêncio, destacou que, até a segunda quinzena de março, os casos de dengue no DF devem se estabilizar. “Isso é próprio da sazonalidade da doença. Agora estamos passando pelo máximo. Do ponto de vista epidemiológico, é prevista uma estabilização em abril e devemos vivenciar uma redução”, disse a gestora.

A taxa de incidência da doença é classificada como alta em 28 Regiões Administrativas. Por ordem de incidência, foram registrados mais casos em Brazlândia, seguida por Estrutural, Varjão, Sol Nascente/Pôr do Sol, Santa Maria, Ceilândia, São Sebastião, Fercal, Sobradinho I, Gama, Arapoanga, Itapoã, Riacho Fundo I, Candangolândia, Sobradinho II, Taguatinga, Vicente Pires, Guará, Cruzeiro, Paranoá, Núcleo Bandeirante, Lago Norte, Planaltina, Samambaia Plano Piloto, Água Quente, Riacho Fundo II, Recanto das Emas e SIA.

De acordo com o subsecretário de Vigilância à Saúde da SES-DF, Fabiano dos Anjos, a epidemia de 2024 é sem precedentes. “Reflete a tendência global de aumento de casos, em parte decorrente das mudanças climáticas que favorecem a replicação do mosquito”, afirma.

Com relação ao perfil dos casos prováveis de dengue por sexo e grupo etário entre os residentes no DF, os dados revelam uma distribuição desigual. Observa-se que a incidência é maior no sexo feminino, com 3.870,2 casos por 100 mil habitantes.

Febre de chikungunya

Até a Semana Epidemiológica (SE) 09 de 2024, foram notificados 524 casos suspeitos de febre de chikungunya no Distrito Federal. Dentre esses casos, 494 são classificados como prováveis, com 98,5% (487 casos) residentes no DF.

Na análise da distribuição dos casos de febre de chikungunya por regiões de saúde e regiões administrativas no Distrito Federal, alguns padrões podem ser observados. A região Oeste, que engloba Ceilândia e Brazlândia, apresentou o maior número de casos prováveis, totalizando 101 casos. Em seguida, a região Sudoeste (Águas Claras, Recanto das Emas, Samambaia, Taguatinga e Vicente Pires) registra 58 casos prováveis, seguida pela região Sul (Gama e Santa Maria), com 34 casos.

Ao considerar a situação da doença nas regiões administrativas do DF, Ceilândia surge como a área mais afetada, com 67 casos prováveis. Taguatinga e Gama seguem, com 27 e 23 casos prováveis, respectivamente.

Doença aguda pelo vírus zika

Foram notificados 74 casos suspeitos de doença aguda pelo vírus zika no Distrito Federal, dos quais 53 são considerados prováveis. Entre eles, 51 são residentes do próprio DF. É importante ressaltar que todos os casos permanecem em investigação e, até o momento, não houve confirmação laboratorial de zika na região.

O subsecretario de Vigilância à Saúde destaca que os dados mostram a necessidade contínua de vigilância epidemiológica e a implementação de medidas de prevenção para controlar a propagação do vírus zika. “A detecção precoce, o acompanhamento adequado dos casos suspeitos e a promoção de práticas de prevenção, como o combate ao mosquito Aedes aegypti, são essenciais para mitigar os impactos da doença na população”, explica.

Até o presente momento, não há registro de gestantes com zika no DF. O monitoramento da ocorrência de zika em gestantes é de extrema importância devido aos potenciais riscos para a saúde da mãe e do feto.

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