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Brasília

Deputado questiona escola após mais um caso de racismo

Em prints de um grupo no WhatsApp, é possível ver uma das estudantes comentando que uma terceira teria chamado a menina de “preta e gorda”

Geovanna Bispo

22/04/2024 16h24

Foto: Dênio Simões/Agência Brasília

Após o Jornal de Brasília denunciar mais um caso de racismo em uma escola particular da capital, o deputado distrital Gabriel Magno (PT) anunciou que irá entrar com um questionamento formal na escola sobre o caso. Na última semana, uma aluna do 9º ano foi vítima de racismo e gordofobia durante jogos internos do Colégio Pódion.

Em prints obtidos pelo JBr de um grupo no WhatsApp supostamente da turma, é possível ver uma das estudantes comentando que uma terceira teria chamado a menina, identificada apenas como “B”, de “preta e gorda”.

Em resposta, a garota acusada de proferir as ofensas utilizou o deboche: “KKKKKKKKKK deixa meu racismo e minha gordofobia”. Após ser acusada mais uma vez do crime, continuou rindo em caixa alta.

Em conversa com o jornal, os pais da aluna afirmaram que pretendem tomar medidas judiciais sobre o caso. O momento não foi registado em vídeo ou áudio, mas a vítima e outros colegas testemunharam as ofensas preconceituosas.

No início do mês, outra escola particular do DF foi palco de mais um caso de racismo. Durante um jogo de futebol da “Liga das Escolas”, alunos de um colégio proferiram ofensas como “macaco”, “pobrinho” e “filho de empregada” contra o time rival.

Após o caso, o Núcleo de Enfrentamento à Discriminação (NED), do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), iniciou uma investigação sobre o episódio.

Colégio Pódion

Em nota, o colégio afirmou ter tomado conhecimento apenas hoje sobre o caso e que já iniciou o processo de investigação. “A Direção da Escola tomou conhecimento, no dia de hoje, 22/04, dos supostos fatos relatados. Imediatamente iniciamos o processo de apuração do ocorrido, com o objetivo de repreendermos com vigor quaisquer atos dessa natureza”, disse o diretor-geral, George Gonçalves.

“O Colégio Pódion não compactua e repudia toda forma de discriminação e pugna pelo tratamento igualitário para todos os seres humanos. Em razão dos supostamente envolvidos serem menores, a escola manterá em sigilo os dados das partes”, finalizou Gonçalves.

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