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Brasília

CPI remarca depoimento de Francisco Araújo

Ex-secretário de Saúde do DF é suspeito de corrupção enquanto esteve na pasta e no Iges

Willian Matos

19/08/2021 13h41

Foto: Henrique Kotnick/Jornal de Brasília

O presidente da CPI da Pandemia, senador Omar Aziz (PSD-AM), anunciou nesta quarta-feira (19) a nova data do depoimento de Francisco Araújo, ex-secretário de Saúde do Distrito Federal. Francisco deve ser ouvido no próximo dia 26 de agosto.

Francisco Araújo era esperado na última terça (17), mas anunciou à CPI que viajou a Manaus-AM com autorização judicial e que não estaria no DF a tempo para depor. Sendo assim, o depoimento foi adiado.

O ex-secretário de Saúde é alvo de duas operações do Ministério Público (MPDFT): a Falso Negativo, que apura fraudes na compra de testes de covid-19, e a Ethon, deflagrada ontem, responsável por investigar superfaturamentos em contratos com empresas fornecedoras de leitos de UTI. Francisco Araújo chegou a ser preso no âmbito da Falso Negativo, mas já se encontra em liberdade.

Francisco Araújo chegou ao Poder Executivo do DF em fevereiro de 2019, quando foi nomeado diretor-presidente do Instituto de Gestão Estratégica (Iges-DF). O Iges é uma criação do atual governo para gestão do Hospital de Base, do Hospital Regional de Santa Maria (HRSM) e das unidades de pronto-atendimento (UPAs) da capital.

Agenda

Sobre os próximos depoimentos da CPI, o presidente Omar Aziz revelou os próximos depoimentos:

  • Emanuel Catori, diretor-presidente da Belcher Farmacêutica;
  • Roberto Pereira Ramos Júnior, presidente do Fib Bank;
  • Francisco Araújo, ex-secretário de Saúde do DF e ex-presidente do Iges-DF

A Belcher, de Emanuel Catori, teria negociado com o governo federal a compra de vacinas da CanSino. O empresário já se reuniu com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga. Os senadores querem saber da ligação entre Catori e o Executivo, sobretudo com o líder Ricardo Barros (PP-PR), seu conterrâneo de Maringá-PR.

A Fib Bank, de Roberto Júnior, teria sido usada pela Precisa Medicamentos para oferecer uma espécie de carta de fiança ao Ministério da Saúde. Apesar do nome, a Fib Bank não é um banco. A empresa teria oferecido R$ 1,6 bilhão ao Ministério para a compra de 20 milhões da vacina Covaxin. É mais um personagem da negociação de compra deste imunizante.

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