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Brasília

Copa do Mundo: comércio prevê movimentar R$ 23 milhões na economia do DF

Comércio espera grande movimentação no evento global que, normalmente, ocorre no meio do ano. Mundial deve gerar empregos diretos na capital

Redação Jornal de Brasília

19/10/2022 12h46

Atualizada 25/10/2022 9h45

Marcos Nailton
[email protected]

A Copa do Mundo, que acontece entre 20 de novembro e 18 de dezembro, no Catar, promete aquecer a economia do Distrito Federal. Com a venda de camisetas, chuteiras, bolas, bandeiras, televisores, decorações, produtos de supermercado, fogos de artifício, entre outros. A expectativa é injetar R$ 23 milhões no varejo local, segundo o Sindicato do Comércio Varejista (Sindivarejista), que reúne 30 mil lojas de rua e de shoppings em todo o DF.

De acordo com o sindicato, o entusiasmo na economia “representa aumento de 7,4% em relação à Copa de 2018”. Segundo o presidente do Sindivarejista, Sebastião Abritta, a Copa também deve gerar 1,5 mil empregos diretos na capital.

“Pela primeira vez na história, teremos o Natal na sequência da Copa do Mundo, o que pode influenciar positivamente o movimento na grande maioria do comércio, o que significará mais empregos e renda”, diz Abritta.

Se o Brasil for classificado para a final do Mundial, o faturamento de lojas, bares, restaurantes e comércio “pode superar R$ 25 milhões”, diz o sindicato. As vendas de televisores devem crescer entre 14% e 19% contra 13% da última Copa.

Já de acordo com levantamento feito pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) estima que a Copa do Mundo irá movimentar cerca de R$ 22,4 milhões no varejo do DF, indicando um aumento de 7,4% em relação à Copa de 2018, que ocorreu na Rússia.

A expectativa de contratação de mão de obra temporária subiu 61% em relação ao ano passado. Cerca de 3,5 mil vagas devem ser ofertadas. Os segmentos que mais deverão contratar serão o minimercado, mercearia e armazéns (média de 10 trabalhadores), seguido por supermercados (média de 8,67). Os números são do Instituto Fecomércio-DF.

Por conta da expectativa de aumento da demanda, um efeito da retomada da economia, esses empreendimentos necessitam de reforço nas equipes para atender os clientes e administrar seus estoques, que são mais rotativos.

“Acreditamos que esse tipo de comércio também deve estar focando na demanda da Copa, já que muitos irão ver os jogos em casa, e minimercados e mercados costumam ser o mais próximo das residências das pessoas”, conta o presidente do Fecomércio-DF, José Aparecido Freire.

Ainda de acordo com Freire, o instituto está “apostando também no grande movimento dos bares e restaurantes, que tradicionalmente reúnem grandes grupos de torcedores e planejam programação específica para assistir aos jogos”, completa o presidente.

Otimismo no comércio

Em entrevista ao Jornal de Brasília, o empresário Geraldo Araújo, proprietário da loja de artigos esportivos Globo Esporte, em Taguatinga Centro, conta que a expectativa para as vendas dos produtos está boa devido há diversos eventos que acontecem no quarto trimestre do ano.

“A expectativa é boa porque nós temos um quarto trimestre muito bom. Dia das crianças, a Copa do Mundo, Black Friday e o Natal. Então a gente está envolvido justamente numa venda boa de material esportivo não só das camisas das seleções que estão disputando, como também chuteira, bola, apito, premiação, etc. E isso movimenta todo o segmento”, destaca Araújo.

O empresário prevê que as vendas devem aumentar 22% nesse trimestre. Ele ressalta que nesse grande momento onde as pessoas se mergulham na competição mundial e a seleção brasileira sendo cogitada como uma das favoritas estimulam o comércio varejista.

“A copa movimenta porque geralmente o esposo compra uma camisa para a esposa, namorado para namorada e vice versa. Todos querem assistir o jogo com a camisa da copa, e isso é muito bom”, completa Geraldo Araújo.

Go Evento

Há ainda quem prefira reunir amigos e parentes em locais mais intimistas, como salões de festa ou clubes. Assim, a busca por locais como esses também aumentou. A plataforma Go Evento, por exemplo, registrou uma procura de 35% a mais para os meses de novembro e dezembro.

A Go Evento funciona como um “Airbnb” de locais para eventos. Com apenas um clique, é possível selecionar o modelo de espaço que o cliente deseja, o tipo de evento que pretende realizar e a localidade que melhor atenda ao que ele procura. “Temos visto uma procura maior dentro do site de cerca de 35% nesse último mês, e isso vem acontecendo por conta dos tradicionais eventos de fim de ano somados aos da Copa do Mundo”, explica Pedro Gabriel Dias Melo, CEO da startup.

A plataforma anuncia locais no Distrito Federal e no entorno para encontros, reuniões familiares ou de amigos (com opções até de acampamentos), melhores locais para confraternizações corporativas, casamentos, com um acervo que vai de locais abertos, à beira do lago, embarcações, até salões de festa e hotéis. Os anunciantes podem cadastrar seus espaços de forma prática, e os contratantes poderão encontrar e solicitar os orçamentos diretamente com os fornecedores, sem aprovações prévias ou comissões repassadas ao site.

“Durante um ano e meio, o mundo se adaptou às comemorações apenas com familiares – preferencialmente da mesma casa – e virtuais, onde as salas de videochamadas estiveram no auge. Agora, com a consolidação da vacina e a redução de casos e mortes por Covid-19, as pessoas merecem comemorar, e a nossa plataforma oferece esse benefício”, reforça o CEO da Go Evento. “Muitos espaços em Brasília já estão sem agenda. Então, a dica para quem pretende fazer uma comemoração, ou mesmo reunir amigos, é não deixar para última hora”, encerra.

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