O Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT) realiza, nesta sexta-feira (4), a operação “Dinheiro Sujo”. Trata-se de uma ação que investiga fraudes em contratos firmados pela Secretaria de Saúde junto a empresas de lavanderia hospitalar entre 2013 e 2016, nos governos de Agnelo Queiroz e Rodrigo Rollemberg.
São cumpridos 22 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e nos estados de São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Maranhão. Entre os alvos, estão os ex-secretários de Saúde Rafael Barbosa e Elias Miziara; o ex-subsecretário José de Moraes Falcão; ex-subsecretário de Administração Geral da Secretaria de Saúde Túlio Roriz; e empresários ligados a três empresas de lavanderia. Não há ordens de prisão a serem cumpridas.
Segundo o MPDFT, houve fraudes em contratos junto às empresas investigadas. Os suspeitos teriam forjado situação de calamidade para fechar acordos com dispensa de licitação e direcionar esses acordos para empresas previamente escolhidas, envolvidas em superfaturamento.
Há indícios ainda de que as empresas escolhidas prestavam mau serviço após a contratação. As irregularidades atingiram os hospitais regionais de Santa Maria (HRSM), do Gama (HRG), de Sobradinho, (HRS) e o Hospital de Base.
Em nota, a atual Secretaria de Saúde disse que colabora com as investigações. As defesas dos alvos não haviam se manifestado até a última atualização desta matéria.
Sobre os alvos
Rafael Barbosa e Elias Miziara já haviam sido presos em outra operação, a “Conexão Brasília”, em novembro de 2018. À época, também investigava-se fraudes em licitação, desta vez na compra de órteses e próteses. A dupla também era suspeita dos crimes de peculato e organização criminosa.
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