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Brasília

Centro ajuda a prevenir intoxicação infantil

Segundo dados do Samu, por conta da curiosidade comum na faixa etária, crianças de até 10 anos são as que mais se intoxicam acidentalmente

Redação Jornal de Brasília

19/09/2023 13h57

Foto: TV Brasil

O Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) do Distrito Federal, serviço integrado do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), elaborou um material informativo para a prevenção de intoxicação de bebês e crianças de até 10 anos.

Segundo dados do Samu, por conta da curiosidade comum na faixa etária, crianças de até 10 anos são as que mais se intoxicam acidentalmente. O maior número de registro está entre as que têm de 1 a 6 anos.

O encarte passou por nova roupagem e está disponível no site da Secretaria de Saúde (SES-DF). Como complemento, o material também será entregue impresso em creches e escolas.

De acordo com dados de intoxicação, até agora em 2023 foram 2.771 casos de intoxicação, sendo 37,6% correspondentes aos casos de crianças menores de 10 anos. Já em todo o ano de 2022, foram 3.120 casos.

Em primeiro lugar nos produtos mais comumente envolvidos na ingestão acidental estão remédios, seguidos de produtos como água sanitária, detergentes, sabões, xampus, sabonetes, tintas, inseticidas, raticidas, tinturas de cabelo, loções, bebidas alcoólicas e plantas. A maioria dos acidentes coincide com férias escolares e datas festivas de fim de ano.

O CIATox recomenda que responsáveis tenham atenção redobrada, evitem chamar remédios de ‘bala’ e ‘doce’ e não deixem produtos de limpeza, medicamentos, cosméticos e inseticidas ao alcance de crianças. Esses itens devem ser armazenados em lugares altos ou em armários fechados. Também há a orientação de não utilizar venenos perto das crianças e de conhecer a origem e o risco de plantas.

Produtos mais perigosos – como detergentes, água sanitária e raticidas – não podem ser guardados em garrafas de refrigerantes e frascos vazios, muito menos na geladeira. É aconselhável, ainda, não realizar automedicação em crianças, podendo ocorrer erro de dosagem e de utilização.

Alguns produtos com aroma característico de frutas ou coloridos podem ser confundidos com alimentos pelas crianças. “Na idade precoce, elas não conseguem diferenciar o que é algo que tenha toxicidade ou não. As embalagens são atrativas, cheias de cores, bonitas e têm cheiro de limão e frutas. Geralmente tem um bebê feliz no rótulo e a criança não enxerga aquilo como perigoso”, aponta a médica do CIATox, a toxicologista Andrea Amoras de Magalhães.

Sintomas

Em caso de intoxicação, a criança pode apresentar queimaduras ou manchas ao redor da boca, respiração ou hálito com cheiro estranho, salivação abundante ou espuma pela boca, dor ou queimação na boca ou na garganta, dor abdominal, náusea, vômito, diarreia, respiração anormal, falta de ar, suor, tremores intensos, agitação ou sonolência.

“O tratamento vai depender da gravidade e do que ela ingeriu. Às vezes, pode ter resto de medicamento na boca ou substância derramada na roupa, estar sonolenta, vomitando, ter uma crise convulsiva. O sintoma depende do produto tóxico”, acrescenta Magalhães.

Como primeiro cuidado, orienta-se ligar para o CIATox, retirar restos de produtos da boca ou da pele, lavar com água corrente e procurar atendimento nas unidades de saúde, levando a embalagem do produto ou parte da planta para facilitar a identificação. “Também orientamos sobre o que não fazer. Muita gente faz a criança vomitar, ou dá leite, o que não é correto”, alerta a médica.

As informações são da Agência Brasília

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