Menu
Brasília

Caso de 2012 será reaberto pela polícia

Marília utilizava o cartão do DFTrans para ir ao trabalho. A última vez que embarcou foi às 7h11 do dia do seu desaparecimento

Marcus Eduardo Pereira

30/08/2019 5h59

Foto de Marília de Lourdes Ferreira, 41 anos, enviada pela sua irmã Marcia Maria Ferreira foto : arquivo pessoal

Lucas Neiva e Vitor Mendonça
[email protected]

Desde a confirmação da morte de Letícia Curado, no dia último dia 26, novas vítimas de Marinésio Olinto foram sendo descobertas pelas investigações. Casos antigos de desaparecimentos e assassinatos antes arquivados foram reabertos, na medida em que a Polícia Civil percebeu condições parecidas na cena do crime. Um deles chamou atenção: o assassinato de Marília de Lourdes Ferreira, funcionária da Companhia Nacional de Abastecimento, de 41 anos à época de sua morte.

Marília desapareceu no dia 23 de agosto de 2012, tendo sido encontrada morta no SIA no dia 11 de setembro na mata entre a ferrovia e a sede da Anvisa, no trecho 5. A cena do crime lembrava muito a das vítimas confirmadas de Marinésio: barriga para cima; nenhum sinal de perfuração; tufos de cabelo e sapatos espalhados pela mata; sinais de estrangulamento – mas sem indícios de violência sexual. Mas o que mais chama a atenção foi o destino de seus pertences.

Marília utilizava o cartão do DFTrans para ir ao trabalho. A última vez que embarcou foi às 7h11 do dia do seu desaparecimento. O cartão continuou a ser usado depois de seu desaparecimento, e os destinos das viagens lembravam muito os locais frequentados por Marinésio: SIA, Planaltina, Sobradinho e Paranoá. Isso despertou a desconfiança da família de que ela possa ter sido vítima de Marinésio.

O JBr. contatou a irmã de Marília, a estudante de pedagogia de 37 anos Márcia Maria Ferreira. Ela afirma que, na época do crime, o caso recebeu pouca atenção da 8ª DP, delegacia onde foi registrada a ocorrência. “A polícia não teve muito empenho em investigar o desaparecimento dela; estava em greve na época. As investigações só começaram pra valer depois que ela foi encontrada morta, mas arquivaram o caso por falta de provas.”

A morte de Marília causou complicações em sua família.

“Quem a matou deixou seus três filhos, um deles de apenas 10 anos, sem mãe. Foi muito difícil para mim perder uma irmã, e nossa mãe desenvolveu um quadro de depressão”, disse Marcia.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado