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Brasília

Candidatos à OAB DF debatem propostas à Advocacia Pública Federal

Em evento realizado pela Anafe, os postulantes defenderam medidas para assegurar a independência técnica dos advogados

Redação Jornal de Brasília

26/10/2021 15h36

Foto: Divulgação

Com eleições previstas para o final do próximo mês, começa agora a corrida oficial à presidência da Ordem dos Advogados do Brasil Seccional do Distrito Federal (OAB/DF). Um debate promovido nesta segunda-feira, 25, pela Associação Nacional dos Advogados Públicos Federais (Anafe) entre os candidatos à OAB DF deu a oportunidade para os postulantes ao cargo apresentarem suas propostas para a Advocacia Pública Federal.

Na ocasião, o presidente da associação, Lademir Rocha, agradeceu a presença dos candidatos e a generosidade de colocarem seus nomes à prova. “É uma honra e um privilégio que possamos cooperar com o debate democrático dento da ordem que é nossa, de todos os advogados públicos e privados. É sempre um desafio participar da vida pública. Democracia é algo que se exerce e à medida em que é exercida, se consolida.”
Cinco chapas vão participar das eleições, marcadas para 21 de novembro. O atual presidente, Délio Lins, concorre à reeleição. Na oposição, há quatro chapas, representadas por Thais Riedel, Renata Amaral e Guilherme Campelo.

Em debate acalorado, os postulantes responderam o motivo de desejaram a presidência da OAB e compartilharam suas visões sobre o exercício da advocacia privada, cargos comissionados, sobre a PEC 32, da Reforma Administrativa, entre outros temas. Para os postulantes, há uma ordem omissa, que deixou de ser protagonista e que não tem cumprido seu papel institucional da forma como deveria. “Precisamos resgatar a credibilidade da advocacia e valorização do advogado”, afirmaram.

O atual presidente da OAB e candidato à reeleição, Délio Lins, defendeu o trabalho realizado em prol da AGU e na defesa de prorrogativas que preservem a advocacia especialmente no período de pandemia. “Ressalto aqui a parceria com as associações e a luta dentro do Congresso e nas pautas como a regulamentação do teletrabalho, o provimento em relação a inscrição suplementar e o trabalho realizado em prol dos honorários. Criamos uma diretoria de prerrogativa, por exemplo, que é tratada por uma diretoria própria e não à mera comissão. Fizemos inúmeras representações e pedidos de providência em relação a vários magistrados. Lutamos pela abertura dos tribunais e participamos de todos os comitês da COVID”, enumerou.

Em seu discurso, a candidata Thais Riedel reiterou seu compromisso com a Advocacia Pública e com os problemas que a Ordem tem passado. “Precisamos de uma Ordem que tenha representatividade, pulso e coragem para que a Advocacia Pública passe a acreditar que todas as comissões possam ser acolhidas”, pontuou. “Senti um chamado quando vi as dificuldades que a advocacia tem passado. Nos unimos num projeto sólido para trazer problemas e soluções de uma forma aderente, que tenha condições de trazer resultados efetivos”, completou.

O sistema eleitoral também recebeu críticas. Durante sua fala, o candidato Evandro Pertence defendeu um sistema democrático para uma representação da classe na casa da cidadania. “Vejo uma instituição que deixou de ser protagonista, que não briga pelo Estado Democrático de Direito, que vê os ataques à Democracia e se cala. E foi isso que me trouxe de volta. Não quero mais uma ordem diminuída, apequenada. Temos pensamentos divergentes e falamos de gestões divergentes, mas minha palavra final é a de esperança”, afirmou.

Já para a candidata Renata Amaral, o resgate da Ordem e da Advocacia Pública é um dos pilares principais. “Vejo essa oportunidade como uma forma de possibilitar que a advocacia do Distrito Federal conheça nossa Ordem Democrática. Estamos adiante de uma necessidade histórica de um protagonismo feminino, que se mostra cada vez mais necessário e efetivo. Precisamos de uma construção coletiva para, na prática, vermos novas possibilidades.”

Por fim, Guilherme Campelo, candidato à presidência por uma das chapas, afirmou que pretende oxigenar a OAB com pessoas comprometidas com o DF. “Queremos o advogado em primeiro lugar e a união tão necessária da advocacia pública com a privada.”

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