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Brasília

“Buscamos a verdade”, diz Ibaneis sobre corrupção na Seape

Segundo as investigações, o deputado Reginaldo Sardinha comandaria o esquema dentro da secretaria, tendo apoio de Nugoli

Geovanna Bispo

15/12/2021 17h34

Foto: Agência Brasília

Tendo começado o dia com a notícia que o secretário da Administração Penitenciária estaria envolvido em esquema de corrupção, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), criou uma comissão para apurar as possíveis irregularidades da pasta. “Buscamos a verdade dos fatos”, disse sobre o novo grupo.

Na manhã desta quarta-feira (15), o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT), em parceria com a Polícia Civil do DF (PCDF), deflagraram uma operação que aponta crimes licitatórios, de peculato, corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro, organização criminosa e tráfico de influência envolvendo o então secretário da pasta, Geral Luiz Nugoli, e a subsecretária, Rosimere Paiva da Silva.

Após a operação, ambos foram exonerado. Segundo as investigações, o deputado distrital Reginaldo Sardinha (Avante) comandaria o esquema dentro da secretaria, tendo apoio de Nugoli e Silva. Sardinha que teria indicado ambos para os cargos.

No suposto esquema, Nugoli seria o responsável por assinar contratos irregulares na negociação de imóveis para o órgão responsável pela administração dos prédios do DF. Além do ex-secretário, o ex-governador da capital e empresário Paulo Octávio também foi alvo da operação.

De acordo com as investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), Sardinha é o “dono das decisões” dentro da secretaria, de forma que o ex-secretário precisava diariamente da autorização do deputado para praticar atos que deveriam ser de sua responsabilidade.

Além das desonerações, o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), também instaurou uma Comissão Especial para também investigar as possíveis irregularidades. As duas decisões foram publicadas em edição extra do Diário Oficial da capital.

Novo secretário

O delegado Wenderson Souza e Teles foi escolhido por Ibaneis como substituto de Nugoli. Teles chefiou a Delegacia de Repressão à Corrupção (Drcor) e coordenou operações contra deputados distritais, como o também recentemente investigado Daniel Donizet (PL).

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