Elisa Costa e Vitor Mendonça
[email protected]
Nessa quarta-feira (3), mais de 450 mil estudantes do DF voltaram às escolas para o ensino em modo 100% presencial, após o governo local destacar a medida como forma de combater a evasão (ou abandono) escolar. O avanço da vacinação na capital e a queda na taxa de transmissão da covid-19 também foram fatores determinantes para o retorno. Desde julho deste ano, as aulas aconteciam em formato híbrido, ou seja, alternadas entre virtual e presencial.
“Os estudantes são o centro do nosso trabalho. É na escola que desenvolvemos valores como socialização, cidadania e aprendizagem para que o aluno seja realmente protagonista da sua história. A família e o estudante precisam da escola e do retorno à rotina que está ocorrendo de forma segura”, destacou a secretária de Educação do DF, Hélvia Paranaguá, a respeito da importância da retomada das atividades presenciais.
As 686 escolas da rede pública de ensino do DF vão manter o ensino remoto para aqueles estudantes que apresentarem um laudo médico ou assinarem um termo de compromisso. Para transmitir conforto aos estudantes, pais e profissionais da educação a respeito do retorno presencial, a secretária da Educação, Hélvia Paranaguá, declarou através das redes sociais: “Todas as escolas já vêm cumprindo os protocolos de segurança.”
Protestos
No mesmo dia, professores da rede pública e integrantes do Sindicato dos Professores do DF (Sinpro-DF) paralisaram suas atividades e realizaram um ato em frente ao Edifício Phenícia (sede da Secretaria de Educação do DF) para contestar o retorno. Em torno de 100 pessoas compareceram ao local entre as 9h e as 10h da manhã.
Segundo o grupo, o retorno é um risco para a comunidade escolar: “Não há devidas condições sanitárias e estruturais para receber todos os estudantes da rede pública.” Em contrapartida, a Secretaria de Educação do DF informou no dia anterior, que os servidores que aderissem à paralisação teriam o ponto cortado, ou seja, não receberiam o valor do dia trabalhado.
Não houve aula no Centro de Ensino Fundamental 01 do Gama e nem no Centro de Ensino Médio do Paranoá, que fecharam as portas para aderir à paralisação. O CEF 01 do Núcleo Bandeirante fechou apenas durante o período da tarde. O Centro de Ensino Médio Setor Leste, o Centro de Ensino Médio Paulo Freire e o CEF 01 do Riacho Fundo aderiram parcialmente e algumas turmas ficaram sem aula, apesar dos espaços terem funcionado normalmente. Não foram afetados pelo ato a Escola Classe 01 do Lago Sul, o CEF 28 de Ceilândia, o CEF 209 de Santa Maria, o CEF 10 do Guará e outros.