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Brasília

As mulheres estão preparadas para estarem onde quiserem, diz Celina Leão

“Infelizmente, o preconceito existe e só o que consegue vencer esse tipo de preconceito é o trabalho”, disse a governadora

Redação Jornal de Brasília

26/01/2023 14h42

A governadora do Distrito Federal em exercício, Celina Leão (PP), comentou, nesta quinta-feira (26), sobre questionamentos feitos quando ela assumiu o cargo por ser mulher e a importância da união feminina para combater os preconceitos.

“No primeiro momento houve uma preocupação. […] Mas eu, como mulher, me sinto capaz para tomar qualquer decisão e atitude. Infelizmente, o preconceito existe e só o que consegue vencer esse tipo de preconceito é o trabalho e a unificação das mulheres. As mulheres estão preparadas para estar onde elas quiserem”, disse.

Celina assumiu o cargo no último dia 9, após o governador Ibaneis Rocha (MDB) ser afastado por 90 dias por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

No dia 8, um grupo de contrários ao governo do presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) invadiu e destruiu as sedes do Congresso Nacional e do STF e o Palácio do Planalto.

Após os atos, Moraes considerou que Ibaneis e outros responsáveis pela segurança da capital haviam agido sem a total eficiência devida e, por isso, decidiu afastá-lo e investigá-los.

Bolsonaro

Celina, em entrevista à Globo News, ainda se afastou da imagem do ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL), a quem apoiou durante as eleições de 2018 e 2022, e afirmou que é possível que o nome do ex-mandatário apareça nas investigações pelos atos antidemocráticos ocorridos na capital.

“Eu nasci antes da ida do Bolsonaro à presidência, eu sempre tive uma perfeita convivência com deputados de todos os partidos. Mas o que está acontecendo no Brasil são os extremos e nenhum extremo é bom. Eu ter sido uma apoiadora do ex-presidente Bolsonaro em um momento em que ele unificou a direita, não quer dizer que eu concordo com tudo que ele fez”, continuou.

Torres

Durante a conversa, Celina foi questionada sobre o retorno do ex-ministro da Justiça e ex-secretário da Segurança Pública, Anderson Torres, ao cargo e se essa decisão teria sido plausível. Segundo a governadora, foi Torres quem solicitou a volta à secretaria. “A nossa análise é de que o Anderson não era a pessoa mais adequada, mas por uma relação institucional com o governo federal”, explicou.

Sobre o acampamento montado por apoiadores pelo Bolsonaro, Celina comentou que o “caos” não era esperado. “Inicialmente, nós acreditamos que haveria uma dificuldade de comunicação, mas não o caos como vimos”, continuou.

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