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Brasília

Aplicativo feito por acadêmicos da UnB auxilia pacientes em tratamentos de saúde

O aplicativo MedUTI foi projetado para ajudar profissionais de saúde durante o acompanhamento de pacientes internados em UTI’s

Redação Jornal de Brasília

17/10/2022 17h52

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agêcnia Brasil

Gabriel de Sousa
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Professores e estudantes da Universidade de Brasília (UnB) desenvolveram um aplicativo que pretende deixar o atendimento de pacientes internados em unidades de terapia intensiva (UTI’s) mais eficiente e prático. O MedUTI proporciona uma maior facilidade para os profissionais de saúde, fornecendo um amparo mais rápido aos que necessitam de um cuidado especial.

No aplicativo, os profissionais de saúde podem prescrever os medicamentos de uma forma mais prática, atendendo as condições especiais dos pacientes, como idade, gravidez e obesidade. Além disso, o app também informa se os internados sofrem de insuficiência renal, hepática ou se realiza uma hemodiálise. Desta forma, o surgimento de reações adversas pode ser evitado com mais facilidade.

Os programadores do MedUTI contam que, em apenas dois cliques, um relatório pode ser anexado ao prontuário médico do paciente, reunindo informações como rotina alimentar, sintomas, reações e necessidades particulares. Assim, os profissionais terão uma maior segurança na hora de prescrever os medicamentos necessários para os utentes, seguindo as suas necessidades pessoais.

Uma das características que torna o aplicativo uma solução mais prática para a organização dos prontuários é que ele funciona até mesmo off-line, ou seja, não precisa de uma conexão de internet para entrar em operação. Isso permite que o MedUTI também seja utilizado em UTI’s móveis e em ambulâncias, por exemplo.

Atualmente, o aplicativo está em um processo de negociação, onde a Agência de Comercialização de Tecnologia da UnB busca permitir o seu uso em hospitais e associações médico-hospitalares do país. O planejamento dos desenvolvedores é que o aplicativo também seja ofertado no Sistema Único de Saúde (SUS), estando a serviço de toda a população brasileira.

Mais segurança e economia

De acordo com a professora Patrícia Medeiros, líder da pesquisa que desenvolveu o aplicativo, a ideia da criação da ferramenta surgiu em 2020, quando a pandemia de covid-19 estava em seu início. Com o grande fluxo de pacientes nas UTI’s, a criação de uma forma mais prática e segura de se cuidar dos pacientes se tornou uma ambição aos acadêmicos.

Diferentemente do que algumas pessoas insistem em pensar, a UnB esteve ativa durante o período da pandemia, e a visita de Patrícia e a sua equipe foi significativa para entender as necessidades dos profissionais de saúde. “Durante o período da pandemia, eu fui para dentro dos hospitais com os meus alunos para poder ajudar exatamente no período em que o pessoal estava precisando dos conhecimentos que a gente tem na UnB”, conta.

Medeiros explica que o grande objetivo do aplicativo é reduzir os erros que podem acontecer durante os tratamentos em UTI’s, como é o caso de medicamentos que são prescritos erroneamente. Graças à nova ferramenta produzida pelos acadêmicos da UnB, os relatórios são produzidos com rapidez e indicam quais são as formas corretas de se medicar os pacientes.

“Se eu vou diminuir o erro, esse paciente que iria ficar na UTI, ele vai ficar pouco tempo até desocupar. Isso para o SUS é uma economia muito grande, eu estava vendo com um pessoal aqui que um dia na UTI custa R$ 5 mil”, explica a professora da UnB.

Aplicativo será apresentado ao GDF

Neste próximo mês de novembro, será feita uma apresentação do aplicativo MedUTI para o público, que poderá conhecer de perto as principais funcionalidades da nova ferramenta. O evento será feito durante a Feira de Negócios e Inovação da Universidade de Brasília, que ocorrerá nos dias 17 e 18.

Segundo Patrícia Medeiros, foram convidados gestores de hospitais e também autoridades da saúde brasileira, como o Ministério da Saúde e a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES/DF). O governador Ibaneis Rocha (MDB) também recebeu o convite. Para a professora da UnB, a adoção do aplicativo no DF poderá servir como um auxílio importante para a gestão dos hospitais e unidades de pronto-atendimento da capital.

“A nossa expectativa é que ele [o governador] possa colocar isso aí dentro das UTI’s, dentro do celular do profissional de saúde e dentro das ambulâncias. Se ele fizer isso daí, até um paciente que está vindo da ambulância, até a hora dele chegar no hospital, o seu prontuário já estará pronto”, destaca a professora.

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