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Brasília

Ao vivo: Codeplan divulga estudo sobre Gravidez na Adolescência no DF

O estudo revela que esse fenômeno é mais acentuado em áreas com níveis de renda média-baixa e baixa e entre as meninas de 15 a 19 anos

Redação Jornal de Brasília

02/02/2021 15h01

Foto: Reprodução

A ocorrência de gravidez na adolescência no Distrito Federal está abaixo da proporção nacional desde 2008, sendo a menor do país desde 2018. Este fenômeno sofreu uma série de mudanças ao longo do tempo, trazendo, principalmente, a visão da importância mulher no mercado de trabalho.

O estudo “Gravidez na adolescência no Distrito Federal: uma análise de 2000 a 2016” revela que esse fenômeno é mais acentuado em áreas com níveis de renda média-baixa e baixa e entre as meninas de 15 a 19 anos. Entretanto, é possível notar ainda, tanto no DF como no Brasil, a persistência dos índices entre as meninas de 10 a 14 anos, que, em 2016, representava 0,5% dos partos anuais no Distrito Federal e 0,89% dos partos anuais no Brasil.

Assista a divulgação dos resultados do estudo ao vivo:

A despeito dessa redução, é importante considerar que a gestação na adolescência está, principalmente hoje, correlacionada com aspectos de vulnerabilidade social e, mesmo em casos em que a gravidez é desejada, é possível questionar quais foram as oportunidades prévias oferecidas a essas adolescentes.

Segundo as informações do Sistema Nacional de Nascidos Vivos (SINASC), em 2016, ainda se notava uma disparidade na proporção de mães adolescentes entre as diferentes regiões do Distrito Federal. Nesse ano, 17,3% dos nascimentos ocorriam entre jovens de 15 a 19 anos nas regiões de baixa renda. Já nas regiões de alta renda, eles eram apenas 2,6% dos nascimentos. Em 2016, a proporção de mães adolescentes (10 a 19 anos) variou de 0,86% no Sudoeste/Octogonal a 22,03% na SCIA-Estrutural.

A Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios de 2018 evidenciou que no Distrito Federal 7.077 adolescentes de 14 a 19 anos eram mães, o que corresponde a 5,1% das meninas nessa faixa etária. Sendo que 7,2% das adolescentes de 14 a 19 anos que moravam em região de renda média-baixa eram mães; esse percentual nas regiões de renda média alta foi de 2,2%. Pela PDAD pode-se observar que entre as mães adolescentes do DF, em 2018: 81% eram negras; 17% eram casadas ou estavam em união estável regularizada em cartório; 35% eram responsáveis ou companheiras de responsáveis pelo domicílio; 54% moravam na mesma residência que seus parceiros; 15% tinham mais de um filho; 75% tinham renda domiciliar per capita de até meio salário mínimo; 69% não estavam no ensino formal; e 17% estavam ocupadas no mercado de trabalho.

O estudo ainda renuiu uma série de recomendações, levantadas na literatura nacional e internacional, voltadas para o aprimoramento das políticas de enfrentamento a gravidez na adolescência.

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