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Brasília

Antes de nova remessa, DF ainda tem 71 mil doses para D1

Com estoque zerado, previsão é que um reabastecimento com 16 mil doses da Pfizer para primeira aplicação chegue nos próximos dias, mas ainda sem data definida

Vítor Mendonça

06/09/2021 7h01

Drive-thru vacina idosos acima de 80 anos. Foto: Vítor Mendonça/Jornal de Brasília

Foto: Vítor Mendonça/Jornal de Brasília

Apesar de não haver quantidade expressiva de vacinas em estoque para a primeira dose na capital, a Secretaria de Saúde (SES) abrirá, nesta segunda-feira (6), 34 pontos de vacinação espalhados nas Regiões Administrativas (RAs) do Distrito Federal para a D1. Isso não significa, porém, que não haverá doses a serem aplicadas na população.

Conforme explicado ao Jornal de Brasília pela SES, a primeira aplicação das doses a serem utilizadas hoje acontecerá com “quantitativo ainda disponível nas regiões de saúde”, por mais que na Rede de Frios de Brasília o provimento esteja zerado para as vacinas tipo Pfizer e AstraZeneca. Na última atualização do Vacinômetro, estavam em estoque apenas 140 doses da Coronavac para a D1.

Portanto, segundo as informações retiradas do Vacinômetro da Secretaria, são 71.839 doses disponíveis para a D1 nesta segunda-feira (6). Por área, são 23.753 doses na região Central; 4.255 na região Centro Sul; 7.737 na região Leste; 3.894 na região Norte; 4.729 na Oeste; 17.562 na Sudoeste; e 9.909 na Sul.

Para abastecer a Rede de Frios, a SES informou que há a expectativa de entrega de 16.380 vacinas do tipo Pfizer para primeira dose pelo Ministério da Saúde (MS) para os próximos dias, mas ainda sem data marcada. Serão entregues hoje, no entanto, 31.590 doses destinadas à segunda dose pelo órgão – todas da mesma farmacêutica estadunidense.

Portanto, por não corresponder o quantitativo solicitado ao MS pelo governador Ibaneis Rocha na última quinta-feira (2), de 150 mil doses, a ampliação do calendário de vacinação para adolescentes de 16 anos ainda não deve acontecer por ora. “A ampliação do atendimento para o público na faixa etária de 12 a 17 anos depende exclusivamente do envio de mais doses por parte do Governo Federal”, explicou a SES.

A nova faixa etária, de 16 anos, é estimada em mais de 46 mil pessoas. Entre 12 e 16 anos, são aproximadamente 219 mil jovens. “A previsão feita até o momento para a próxima remessa de primeira dose corresponde a um terço do necessário para atender esse público”, complementou a Secretaria. “Tão logo seja informada pelo Ministério a data de envio das doses de D1 de Pfizer ao DF, a secretaria irá divulgar a estratégia para aplicação dessa vacina.”

Para a segunda dose, porém, não há preocupação quanto à quantidade de vacinas disponíveis. Estas foram garantidas como suficientes para atender todo o público que já recebeu a primeira aplicação, de acordo com a SES. Conforme mostra o Vacinômetro da pasta, são mais de 170,5 mil doses reservadas em estoque na Rede de Frios.

Doses reprovadas não foram aplicadas

A Secretaria de Saúde informou ainda que a capital do país não aplicou as doses que tiveram o uso suspenso pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no último sábado (4). O lote de vacinas do imunizante CoronaVac foi recebido no final de julho e, de acordo com os esclarecimentos da SES, “não foi distribuído para nenhuma unidade de saúde devido à validade ser superior aos dos lotes recebidos posteriormente”.

“As doses foram, portanto, colocadas de quarentena, e a SES/DF aguardará orientação do Ministério da Saúde”, afirmou a pasta. A interdição foi uma medida cautelar da Anvisa, proibindo a distribuição e o uso dos lotes envasados que não tinham passado pela Autorização de Uso Emergencial (AUE). A decisão foi tomada porque a Agência recebeu comunicado do Instituto Butantan de que o parceiro Sinovac, fabricante da vacina Coronavac, enviou para o Brasil 25 lotes (12.113.934 doses) sem o processo de liberação determinado.

O Instituto informou ainda que outros 17 lotes, totalizando 9 milhões de doses, também envasados no local não inspecionado pela Agência, estão em tramitação de envio e liberação ao Brasil. Ainda no sábado, o Ministério da Saúde informou que está checando os lotes da vacina que foram suspensos pela Anvisa.

12 novas mortes

Ontem, com 12 novas mortes pela covid-19 notificadas pela SES, o Distrito Federal chegou à marca de 10.128 óbitos em decorrência da covid-19. Nas 24h entre sábado (4) e ontem, foram três vítimas. Também no mesmo período, identificou-se que 663 novas pessoas contraíram o vírus pandêmico. No DF, 475.083 indivíduos já foram infectados, quase um sexto da população. Atualmente, 8.037 cidadãos estão com o vírus ativo no corpo.

Os óbitos ocorridos ontem foram de três homens, de idades entre 40 e 49 anos (1), 70 e 79 (1) e 80 anos ou mais. Elas residiam no Guará, Samambaia e no município de Novo Gama, no Goiás. Eles estavam internados nos Hospitais de Campanha de Ceilândia Anísio Teixeira e do Gama, e no Regional da Asa Norte (HRAN).

Todos possuíam doenças agravantes para a fatalidade (comorbidades) e tiveram complicações geradas pelo novo coronavírus. As vítimas enfrentavam problemas cardiovasculares (1), de imunossupressão (1) e obesidade (1).

Os outros nove registros de morte aconteceram em datas retroativas, segundo a SES, ocorridas entre 16 de junho e sábado (04/09) – três pessoas apenas nesta última data. São, portanto, seis novas mortes contabilizadas neste fim de semana. Segundo informações do Boletim Epidemiológico da pasta, os óbitos por covid-19 representam cerca de 2,1% do total de casos.

Morreram em decorrência da covid-19, das vítimas de datas retroativas, quatro mulheres e cinco homens – uma delas residia em Alagoas, na capital Maceió. As respectivas idades variavam entre 40 e 49 anos (2), 60 e 69 (3), 70 e 79 (2) e 80 anos ou mais (2). Sete delas morreram em unidades hospitalares da capital e uma na própria residência.

Uma pessoa não possuía comorbidades, enquanto as outras oito tinham agravantes para o avanço da doença. Entre os problemas, estavam doenças cardiovasculares (6), pneumopatia (doenças nos pulmões) (2), distúrbios metabólicos (4), obesidade (1), e nefropatia (doenças nos rins) (2).

São, ao todo, 9.525 mortes de pessoas residentes na capital e 750 vindas do estado vizinho, Goiás. Os outros 126 óbitos eram de outros estados da Federação – um do Acre, um de Alagoas, dois do Amapá, vinte e nove do Amazonas, dezesseis da Bahia, um do Ceará, três do Maranhão, sete do Mato Grosso, um do Mato Grosso do Sul, quarenta de Minas Gerais, um do Piauí, quatro do Rio de Janeiro, quatro de Rondônia, sete de Roraima, um de Santa Catarina, cinco de São Paulo e três de Tocantins.

Os índices de reprodução R(t) do vírus tiveram baixa em relação ao último sábado (14), quando o registro atingiu 1,01. Segundo atualização de boletim divulgado ontem pela SES/DF, o fator está calculado em 0,97, considerado como estado de alerta – quando o nível é próximo ou maior que 1, significa que as contaminações da doença na cidade podem se tornar críticas.

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