Menu
Brasília

Animais peçonhentos picaram 3,3 mil pessoas no DF

2595 acidentes com animais peçonhentos foram registrados em 2021 pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal

Redação Jornal de Brasília

09/05/2022 9h05

Foto: Lúcio Bernardo Jr/Agência Brasília

Dois mil quinhentos e noventa e cinco acidentes com animais peçonhentos foram registrados em 2021 pela Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES). Em 2022, foram 800 ocorrências até o momento. Nesse período, a maior ocorrência de picada é de escorpiões: 2.019 no ano passado e 585 nos primeiros meses deste ano.

Para tratar as vítimas, a Rede de Frio da SES dispõe de medicamentos que atuam como antídotos para o veneno dos animais. A gerente da rede, Tereza Luíza de Souza Pereira, diz que os soros disponíveis no DF são destinados a picadas de aranhas, escorpiões, lagartas e cobras. Para esse último, há soro específico para cascavel, surucucu, jararaca e coral-verdadeira.

O material é produzido pelo Instituto Butantã, em São Paulo, e distribuído pelo Ministério da Saúde. Após ser retirado da cobra, o veneno passa por manipulação sendo inoculado em cavalos mantidos pelo Butantã. Na etapa seguinte, o sangue do animal é colhido e, logo depois, separado do plasma. Finalmente, desse plasma é produzido o antídoto.

Soro contra picadas

O soro contra picadas de animais peçonhentos e está disponível apenas em hospitais públicos. No Distrito Federal, as unidades de referência são os Hospitais Regional da Asa Norte (Hran), Materno Infantil (Hmib), do Paranoá, do Guará, de Taguatinga (HRT), do Gama, de Santa Maria (HRSM), de Planaltina, de Sobradinho, de Ceilândia e de Brazlândia.

A distribuição do soro no DF é feita entre os hospitais credenciados, de acordo com a incidência dos acidentes ocorridos. “No Guará, por exemplo, não vimos acidente com cobras; já com escorpiões, são muitos”, informa Tereza Pereira. “No entanto, acidentes com cobras ocorrem mais em Brazlândia e Planaltina.”

Tereza Luíza orienta que em caso de picada por algum dos animais citados, a pessoa deve se dirigir a um dos hospitais de referência mais próximos. “Dependendo do tipo de peçonha, quanto mais rápido a pessoa receber atendimento melhor. Conforme a quantidade de veneno que seja inoculado, a pessoa pode correr risco de morte”, explica.

Combate ao perigo

No hospital, relata a gerente, é realizada uma avaliação, pois nem sempre uma picada requer administração de soro. É nas unidades hospitalares que os acidentes são classificados como leves, moderados ou graves.

Tereza lembra que, embora a Rede de Frio esteja abastecida, desde 2014 o país passa por desabastecimento. “Para prepararmos o soro, precisamos do animal”, diz. “Temos que entender que esse item [soro] é finito. É preciso ter controle desse produto.”

Acidentes com animais peçonhentos, reforça a servidora, são de notificação compulsória. “A cada pessoa picada, é feita uma notificação para acompanhamento”, diz. “Só recebemos soro depois que o existente já tenha sido utilizado.”

O combate a aranhas, escorpiões, lacraias e lagartas nas residências é feito pela Vigilância Ambiental da SES. Já o Batalhão de Polícia Ambiental é responsável pelo recolhimento de cobras, enquanto o Corpo de Bombeiros controla as abelhas.

“Para evitar a proliferação de animais peçonhentos em residências, as pessoas devem manter as casas limpas, não acumular inservíveis e fazer a poda regular da vegetação”, orienta o biólogo Israel Martins, da Vigilância Ambiental.

*Com informações da Agência Brasília.

    Você também pode gostar

    Assine nossa newsletter e
    mantenha-se bem informado