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Brasília

A greve continua e uma nova reunião de negociação é agendada

A Justiça do DF decretou que a paralisação dos professores é ilegal e determinou que a classe voltasse as atividades

Redação Jornal de Brasília

09/05/2023 5h38

Amanda Karolyne
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Depois de uma reunião com a Câmara Legislativa do DF (CLDF), uma data foi definida para uma nova reunião de negociação com o GDF, que será nesta quarta-feira (10). A greve continua, apesar da decisão liminar do Tribunal de Justiça do DF, que determinou a retomada das atividades na educação pública. Nesta semana, de acordo com o Sindicato dos Professores do DF (Sinpro DF),vão ter piquetes até quarta-feira e a assembleia dos professores, no dia 11.

Em um evento da abertura da Semana Nacional do Registro Civil, o governador do DF, Ibaneis Rocha (MDB), fez críticas à greve dos professores. Para ele, a greve não faz sentido. “Nós já estávamos negociando com o Sindicato dos Professores, estava tudo em andamento”, afirmou. “É um direito deles recorrer. Mas nós temos convicção que a decisão judicial está muito bem fundamentada”, frisa.

Ele apontou que o GDF vinha negociando com o Sinpro DF, e que todas as portas estavam abertas. “Eles foram recebidos pelo secretário Ney Ferraz, e as negociações estavam em pleno andamento e continuam, a partir do momento que o Sindicato sair dessa posição de radicalização”, completa. Ele considera que o GDF tem uma responsabilidade fiscal muito forte, e que dentro do que for possível, eles estão abertos a negociar, sem extrapolar. Ele frisa que no começo do ano já foram dados os 18% prometidos no ano passado, em campanha.

A categoria está em greve desde a última quinta-feira, dia 4. No domingo (7), a Justiça do DF decretou que a paralisação dos professores é ilegal e determinou que a classe voltasse as atividades, sob pena de R$300 mil por dia. Na decisão feita pelo desembargador Roberto Freitas Filho, ele reconhece o direito do servidor de entrar em greve, mas aponta que a paralisação está fazendo mais mal do que bem. Ibaneis reforçou que a decisão judicial é feita para ser cumprida.

Depois de uma reunião emergencial do Comando Geral da Greve, o calendário da paralisação foi mantido. Nesta segunda-feira, de acordo com a diretora do Sinpro DF, Luciana Custódio, foi um dia intenso de mobilização. A classe teve uma reunião na presidência da Câmara Legislativa do DF, em que eles buscavam apoio da CLDF para mediar, junto ao governo, uma negociação. “Foi uma reunião muito importante. Essa reunião, fruto da mobilização do Wellington Luiz, presidente da Câmara Legislativa, do presidente da Comissão de Educação e Justiça, Gabriel Magno, cujo objetivo era tentar fazer com que o governador recebesse a Comissão de Negociação”, explica.

Segundo ela, com a mobilização na CLDF, foi agendada uma reunião de negociação com a Casa Civil, a Secretaria de Economia e a Secretaria de Educação, para esta quarta-feira (10), às 10 horas. “Basicamente a CLDF virou uma segunda sede do sindicato, porque estamos lá diuturnamente, tentando mobilizar a Casa para sensibilizar o governo. E nos esperamos que ele se sente com a Comissão de Negociação e apresente uma saída para essa greve”.

De acordo com a Secretária de Educação do DF, a estimativa dos professores que aderiram ao movimento de paralisação nesta segunda-feira (8), é de 19,8%. A apuração é feita diariamente pela pasta. A Escola Classe 1 da Estrutural, por exemplo, está funcionando normalmente. Somente 5 professores da manhã aderiram a greve.

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