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Brasil

Gordo ativismo: movimento luta por acessibilidade e reconhecimento

Genize Ribeiro foge dos padrões estéticos da sociedade e acumula mais de 25 mil seguidores em seu perfil no Instagram

Redação Jornal de Brasília

27/08/2020 13h08

Genize Ribeiro. Foto: reprodução/Instagram

Guilherme Gomes
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“Se todo mundo for igual não é bonito, é só normal. Eu acredito muito na beleza do diferente e diversa”, é o que diz a influenciadora digital Genize Ribeiro, de 29 anos. Sendo negra e gorda, ela foge dos padrões dos padrões estéticos da sociedade e acumula mais de 25 mil seguidores em seu perfil no Instagram.

Para Genize, padrão de beleza é um conjunto de características que definem se uma pessoa é bonita ou feia. “Esse conjunto formou um padrão que é reforçado todos os dias através da mídia, da sociedade e da fala das pessoas. Foi construído a partir da estética eurocêntrica e se reforçou durante os tempos”, afirma.

A influenciadora se enquadra como uma gordo ativista. De acordo com ela, esse ativismo é necessário para expor a causa e buscar acessibilidade. “Os transportes públicos, roupas, tudo, não foram feitos para pessoas iguais a gente. Precisamos de políticas públicas para acolher causas de pessoas gordas. Além de pregar o auto amor, a autoestima, precisamos conviver em um espaço que foi feito pra gente também”, desabafa.

Genize Ribeiro fez um post explicando sobre o assédio dos homens. Foto: reprodução/Instagram

Mesmo sendo uma mulher fora dos padrões, Genize conta que é muito assediada por homens na internet. Porém, ela lembra que esse assédio é diferente, pois eles não querem nada sério e só algo casual.

“Isso está diretamente ligado ao padrão de beleza porque existe a atração física e sexual e ao mesmo tempo existe o medo de apresentar uma mulher fora dos padrões”, disse Genize.

Outro problema enfrentado pela influenciadora é com as marcas e patrocínios. Segundo ela, o aproveitamento não é o mesmo com as parcerias. “As marcas e parcerias nem sempre querem pagar o mesmo valor que pagariam para uma influencer padrão”, completa.

De acordo com uma pesquisa do Instituto Locomotiva, 98% das mulheres negras não se sentem representadas em propagandas justamente porque as marcas apresentam modelos muito magras e pessoas brancas. Com seu perfil no Instagram, Genize tenta passar para suas seguidoras que um corpo negro e gordo também é bonito.

“O grande objetivo é esse, é fazê-las entenderem sobre beleza plural, então tirar elas dessas amarras é incrível”, finaliza Genize.

Confira o vídeo da influenciadora digital sobre gordofobia e pressão estética.

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