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Como a comunicação pode salvar seus relacionamentos?

Saiba como colher bons frutos nas interações sociais com diálogos equilibrados e que respeitam seus limites e os do outro

Luana Tachiki

08/02/2024 12h01

Já observou como a comunicação ou a ausência dela pode afetar os relacionamentos?

Sabe aquela pessoa que não responde as suas mensagens, demora semanas pra respondê-las ou, até mesmo, quando as responde, é rude, ríspida e, em alguns casos, mal-educada? Se você conhece alguém assim ou se você é esse alguém, saiba que essa não é a melhor forma de se comunicar e que, pra toda ação, há uma reação, pois, certamente, quando um posicionamento de uma pessoa se torna inadequado ou inesperado, haverá uma consequência negativa posteriormente.

Todos sabem que existem dias complicados. Tanto as mulheres com a famosa tensão pré-menstrual (TPM) como os homens com a Síndrome do Homem Irritável (SHI) passam por transição hormonal, o que afeta na variação de humor em grande parte da população. Situações adversas enfrentadas no dia a dia também contribuem para as oscilações de ânimos, influenciando na comunicação. No entanto, direções diferentes podem ser tomadas, quando esses interlocutores, que se encontram em dias difíceis por inúmeros motivos, lembram-se que existem o outro. Coloca-se no lugar dele, respeita a liberdade e limites dele, e compreende que ninguém tem nada a ver com sua vida, estando ela boa ou ruim.

Quando a escolha pela análise do cenário e pela racionalidade se torna um hábito, em vez da entrega às tendências emocionais, a comunicação pode contribuir ao seu favor. Afinal, é por meio dela que as pessoas se socializam, em compartilhamentos e amadurecimento contínuo – já que se trata de ponderar e decidir adotar posturas saudáveis para convivência humana. Descentralizar-se do “eu” em prol do bem comum, muitas vezes, exigirá dizer “não” aos impulsos naturais, hormonais e às vontades, e sim às posturas racionais e exemplares baseadas na boa conduta, na ética, na moral, guiando-se pelo bom senso, que é o ideal para se cultivar relacionamentos saudáveis.

Por isso, em dias difíceis siga essas sugestões:

  1. Isole-se por um tempo. É importante e saudável ficar off. Não muito a ponto de se tornar uma pessoa solitária, mas o suficiente para coloacar as ideias no lugar, recompor-se e buscar um reencontro por meio da imersão em si mesmo.
  2. Pondere nas palavras. Nesses dias, fique mais atento ao que você fala. Lembre-se que está lidando com pessoas e elas também podem estar passando por dias ruins. Se disser algo no impulso, sem pensar, pode ofender alguém profundamente. E o que não queremos para nós, não fazemos aos outros.
  3. Observe a reação do outro após sua fala. Se apresentar sinais de fechamento como cruzar os braço, entortar boca, revirar os olhos, bater em objetos inanimados como mesa e porta ou elevar o tom de voz para respondê-lo, saiba que algo dito foi mal recebido ou interpretado de maneira equivocada. Neste caso, busque compreender o motivo dessa reação. Deixe-o falar, pergunte a opinião dele pra tentar entender o que o levou a essa objeção.
  4. Atente-se ao tom de voz. Pode parecer bobagem, mas quantas brigas podem ser evitada se não houver elevação da voz durante um diálogo? O ideal é não se render aos impulsos do temperamento explosivo e pensar nas consequências. Sim, pensar no depois trará você para uma ação ou reação mais racional e assertiva. Já quando alguém elevar o tom de voz sugerindo um confronto, tente manter a calma: respire profundamente, utilize o diafragma, fale num tom mais baixo ou proponha um outro momento para terminarem o diálogo.
  5. Tome cuidado com suas expressões faciais e corporais. Sim, elas denunciam as verdadeiras intenções e sentimentos. Você pode até manipular sua fala, contando uma mentira, mas será muito difícil manipular a reação das suas emoções, como uma vermelhidão no rosto, boca seca e sudorese, por exemplo. É claro que se conscientizar rapidamente e respirar com diafragma irá ajudá-lo em manter a concentração e não “perder a linha”, mas exigirá muito esforço e energia. Então, empenhe-se para não entregar suas verdadeiras emoções na leitura corporal, que podem ser desafiadoras, mas não impossíveis.
  6. Seja transparente. Em alguns casos, quando já gerou um conflito, aparentemente irreversível, logo após uma abordagem inadequada, é importante tentar se explicar. Essa é a última alternativa, depois de tentar todas as sugestões que pontuei anteriormente. Caso todas elas falhem e um climão se estabeleça, o melhor a ser feito é ser sincero sobre suas emoções, limitações e fraquezas e se redimir com um pedido de desculpa e, em alguns casos, até o perdão. Após esse gesto de honestidade e humildade, tudo poderá ser atenuado.

Aplicar essas dicas na sua comunicação pode lhe trazer bons frutos nos relacionamentos. Pratique sempre a arte de se colocar no lugar do outro, a famosa empatia, só assim conseguirá aplicar a cada dica com mais facilidade.

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