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Professor M.

O Valor Presente do Futuro da Inovação

Determinar o valor presente do futuro de uma inovação é um desafio constante para inovadores, empreendedores e intraempreendedores.

Prof. Manfrim

08/09/2019 16h41

Atualizada 24/11/2019 17h51

 

A engenharia financeira é competente e eficaz em análises de investimentos e viabilidade econômico-financeira de projetos, sendo um dos objetivos determinar o valor presente do investimento futuro. E se for uma inovação? Qual o Valor Presente do Futuro da Inovação?

Peter Drucker afirma que “[…] a inovação sempre significa um risco. Qualquer atividade econômica é de alto risco e não inovar é muito mais arriscado do que construir o futuro”. Risco, a dicotomia entre ameaça e oportunidade!

Qual dos riscos sua organização está disposta a assumir: (i) o de inovar ou, (ii) o de não inovar. Você está disposto a assumir qual dos dois riscos? Caso a resposta for positiva de ‘Inovar’, deve-se responder mais uma: Qual o Valor Presente do Futuro da Inovação?

A ferramenta 5W2H pode ser uma boa opção para calcular o Valor Presente do Futuro de uma Inovação. Originária na indústria automobilística japonesa e americana, foi aplicada inicialmente nos sistemas de gestão da qualidade, sendo utilizada até hoje em diversas áreas das organizações.

O 5W2H é um acrônimo de 7 palavras em inglês: 5 W: What (o que será feito?) – Why (por que será feito?) – Where (onde será feito?) – When (quando?) – Who (por quem será feito?) 2H: How (como será feito?) – How much (quanto vai custar?).

É uma ferramenta simples e eficaz, onde suas perguntas funcionam como um checklist e as respostas direcionam para ações necessárias para viabilizar o que se pretende realizar. A simplicidade do método é capaz de resolver problemas complexos.

Como disse Peter Drucker: “Todas as inovações eficazes são surpreendentemente simples. Na verdade, maior elogio que uma inovação pode receber é haver quem diga: Isto é óbvio! Por que não pensei nisso antes?”

A Ferramenta 5W2H avaliando Inovações

Ferramentas tradicionais de análise de investimentos em projetos de inovação, como o ROI, a TIR, a TMA e o VPL por exemplo, são totalmente válidas mas, não esgotam as possibilidades de avalição de uma inovação.

Selecionar projetos de investimento de ideias inovadoras é uma tarefa importante e árdua, já que envolve avalição às vezes subjetivas e decisões estratégicas que podem determinar a continuidade de uma organização.

Assim, é sempre válido também inovar nos processos de análise de investimento em projetos de inovação, realizando experimentações e testes com outras ferramentas, como também desenvolver novas.

Nesse contexto, a ferramenta 5W2H pode ser uma boa alternativa de aplicação, se a considerarmos em uma perspectiva de complementar, adicionar e suplementar as ferramentas tradicionais, sem a intencionalidade de substituí-las.

Normalmente utilizada como ferramenta em projetos, atividades, solucionar problemas ou tomar uma decisão, algumas consultorias já sugerem essa ferramenta para avaliar, priorizar e selecionar projetos de investimentos em inovação. Vejamos sua possibilidade de uso:

WHAT ? O QUE?

Avalie os principais aspectos, a descrição e a originalidade da inovação. Qual o objetivo principal e os objetivos acessórios? O que é esperado como resultado? Quais os benefícios da inovação (tangíveis e intangíveis)? Quão original é a ideia (inovação incremental, radical e disruptiva)?

WHY ? PORQUE?

Analise a justificativa da inovação, seu pretexto e sua aplicabilidade. Qual o significado da inovação para a organização? Qual a razão de ser da inovação? Qual a motivação da ideia? Que valor a inovação se propõe a entregar?

WHERE ? ONDE?

Avalie a amplitude da inovação, onde ela pretende chegar, quem pretende alcançar e qual sua abrangência. Qual a amplitude da inovação (interna/externa – organização e território)? Qual(is) o(s) cliente(s) foco/público-alvo? Vai explorar mercado existente, desenvolver um novo, ou ambos? Qual o âmbito da ideia (campo, domínio, horizonte, círculo, espaço, ambiente e perímetro)?

WHEN ? QUANDO?

Avalie o período temporal da inovação, tanto o tempo de desenvolvimento e implementação quanto as fases e maturidade – timeline e time to market. Que estágio se encontra a inovação (imersão, ideação, prototipação, testes e produção)? Quais os marcos de evolução da inovação?

WHO ? QUEM?

Analise quem serão os envolvidos com a inovação, os responsáveis (internos/externos), os intervenientes e os stakeholders. Quais os envolvidos com a inovação – desenvolvimento e implementação (imersão, ideação, prototipação, testes e produção)? Quais as competências necessárias para os envolvidos com a inovação (interna/externa)? Quais as experiências dos envolvidos com a inovação (interna/externa)?

HOW ? COMO?

Avalie os desafios e riscos envolvidos com a inovação (interno/externo), os desafios a serem superados, as barreiras a serem suplantadas e as dúvidas a serem mitigadas. Quais incertezas envolvem a inovação? Qual a abrangência/correlação da inovação com a tecnologia?

HOW MUCH? QUANTO?

 Analise os custos envolvidos com a inovação, o tempo de retorno financeiro e os recursos necessários (pessoas, físicos e tecnológicos). Quais os dispêndios financeiros temporal? Qual a fonte dos recursos (interno/externo)? Qual a viabilidade da inovação (econômico-financeira, imagem, legal)?

O 5W2H e a escala de decisão

Após estabelecer os parâmetros avaliativos da inovação, baseado no 5W2H visto anteriormente, se faz necessário quantificar e qualificar os questionamentos.

As informações qualitativas naturalmente obtidas após responder as interrogativas, são primordiais na decisão estratégica de investir e apostar em uma inovação.

Pode-se utilizar também uma escala quantificável para as respostas na perspectiva estratégica, atribuindo um número convergente à importância delas, criando uma escala: 1 – insatisfatória, 2 – satisfatória, 3 – adequada, 4 – essencial.

A partir da quantificação numérica, cria-se um somatório das respostas de cada inovação com o objetivo de auxiliar no processo de decisão. Ordenando o resultado da soma das respostas do maior para o menor, teremos uma classificação das inovações.

Mesmo após a decisão ser tomada, ainda existem riscos a serem mitigados. No artigo “Inovações promissoras e sua sobrevivência” refletimos que, mesmo após uma ideia inovadora ser implementada, sua sobrevivência não está garantida.

Inovar não é custo, é investimento, por isso a inovação deve ser tratada com seriedade e profissionalismo dentro das organizações pois, dela depende a sobrevivência dos negócios financeiros e (ou) sociais e dos empregos que elas geram.

Inovar, é questão de sobrevivência!

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Prof. Manfrim, L. R.

Compulsivo em Administração (Bacharel). Obcecado em Gestão de Negócios (Especialização). Fanático em Gestão Estratégica (Mestrado). Consultor pertinente, Professor apaixonado, Inovador resiliente e Empreendedor maker.

Explorador de skills em Gestão de Projetos, Pessoas e Educacional, Marketing, Visão Sistêmica, Holística e Conectiva, Inteligência Competitiva, Design de Negócios, Criatividade, Inovação e Empreendedorismo.

Navegador atual nos mares do Banco do Brasil, UDF/Cruzeiro do Sul e Jornal de Brasília. Já cruzou os oceanos do IMESB-SP, Nossa Caixa Nosso Banco (NCNB) e Cia Paulista de Força e Luz (CPFL).

Freelance em atividades com a Microlins SP, Sebrae DF e GDF – Governo do Distrito Federal.

Contato para palestras, conferências, eventos, mentorias e avaliação de pitchs: [email protected].

Linkedin – Prof. Manfrim

Currículo Lattes – Prof. Manfrim

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