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Professor M.

Inovação, um processo colaborativo e contínuo

Sem um processo colaborativo e contínuo, dificilmente uma inovação será criada, elaborada, desenvolvida e implementada em uma organização.

Prof. Manfrim

05/11/2019 23h54

Atualizada 24/11/2019 17h55

Foto: Agência Brasília

 

A inovação, de uma maneira geral, é associada a grandes empresas, que possuem estrutura, suporte e recursos para investir em tecnologia e pessoas para a geração de novos produtos e serviços. Por outro lado, várias pequenas empresas acreditam que sua realidade é desfavorável à inovação, por possuírem equipes pequenas e recursos limitados.

Ledo engano! O cientista, inventor e matemático grego Arquimedes de Siracusa (287 a.C. a 212 a.C), dizia: “Deem-me uma alavanca e um ponto de apoio e moverei o mundo”. A ‘motivação’ é a alavanca para qualquer tamanho de empresa quando falamos sobre inovar.

Não é necessário muita reflexão para se concluir que vale a pena uma empresa inovar. A inércia pode estar no receio de inovar, independentemente do tamanho da organização, por onde começar, o que preciso fazer, quais habilidades e atitudes necessárias.

Para não ficar esperando o momento ‘eureka’, o insight de genialidade, sugerimos quatro fases básicas para conceber, desenvolver e implementar uma inovação. Mas, para que isso se torne realidade, um requisito essencial é a ‘motivação para inovar’, ou seja, de nada adianta ter um método se o empresário e empreendedor não colocar a inovação como prioridade.

Fase 1 – Estou preparado para inovar?

O objetivo dessa fase é fazer com que a equipe da empresa reflita sobre suas práticas de gestão, de negócio e de inovação, bem como os resultados alcançados até o momento. O envolvimento de todo o time é essencial nesse momento de reflexão, enriquece as conversas e diversifica a visão sobre o tema.

Além disso, a empresa precisa refletir sobre os problemas e (ou) necessidades de seus clientes, ou potenciais clientes, que podem ser oportunidades para inovar. Ao final dessa fase, a empresa terá consciência do seu estágio e uma boa perspectiva dos recursos necessários para inovar.

Fase 2 – Em que inovar?

Durante essa fase, a empresa avalia e valida qual é a oportunidade de inovação que pode trazer maiores resultados, com base nos problemas e necessidades que foram elencados com a equipe na Fase 1.

Deve-se avaliar e definir qual problemas e (ou) necessidades dos clientes que tem maior mercado e que entregará maior valor ao cliente.

É importante conhecer bem o seu cliente (ou potencial cliente) para entender ou identificar qual o problema e (ou) necessidade que ele enfrenta ou precisa resolver. Quanto melhor for a solução encontrada, maiores serão as chances de sucesso.

É importante lembrar que existem vários problemas e necessidades a serem resolvidas, mas poucos são economicamente interessantes ou apresentam reais oportunidades de negócios.

É neste momento também que a empresa precisa ir para a rua (mercado) e conversar com clientes para validar o problema, entender com mais profundidade os problemas e (ou) necessidades dos clientes.

Essa fase é esquecida por muitos empreendedores, o que reduz drasticamente a chance de sucesso do novo produto/serviço, processo ou modelo de negócio, o que causa frustação e desperdício de recursos.

Ao final dessa fase, a empresa terá um problema validado.

Fase 3 – Qual é a solução?

Uma vez identificado o foco da inovação (problema/necessidade validada), o próximo passo é estruturar uma solução inovadora que atenda ao que o cliente está querendo e não consegue encontrar, cuja oportunidade foi identificada na fase anterior.

Deve-se pensar em ideias de como resolvê-lo de forma inovadora: qual a melhor oferta a ser feita ao mercado? Quais as melhores tecnologias? Quais tipos de inovação posso explorar para resolver o problema? Quem já está fazendo algo semelhante?

Na fase de ideação, temos sempre dois momentos: um de ideias livres (divergente) e, depois, uma seleção das melhores ideias (convergente).

Fase 4 – Qual é o modelo de negócios?

O objetivo desta fase é que a empresa desenvolva um modelo de negócio viável, replicável e sustentável para a solução proposta na fase anterior. A empresa vai construir como será capaz de capturar valor a partir da inovação e estimar custos e receitas.

Neste momento já será possível definir a proposta de valor, segmentos de clientes e como será o relacionamento com eles, canais que serão utilizados na divulgação e comercializar da solução, parceiros e atividades importantes no desenvolvimento, estimativa de receita e custos do projeto.

E para finalizar deverá criar um plano de ação para a implementação, que deverá conter: prazo para execução, atividades, recursos necessários, responsáveis e principalmente os resultados a serem alcançados.

Processo colaborativo e contínuo

Assim, devemos compreender que o processo de inovação é contínuo e colaborativo, por isso é preciso estar atendo às necessidades dos clientes e oportunidades de mercado, que mudam e se alteram constantemente.

Os artigos ‘Dez fatores de sucesso da inovação’, ‘No jardim da inovação, nem tudo são flores’ e ‘O empreendedor é um visionário’ trataram de aspectos importantes envolvendo a inovação.

Por mais que muitos profissionais preguem que a inovação não necessite de um processo formal, instituir procedimentos básicos é sempre positivo, no sentido de encadeamento, seguimento, movimento, procedimento e modo de realização e medição dos resultados.

Pense grande, comece pequeno, erre logo, com o menor custo possível, e cresça rápido!

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Artigo elaborado em coautoria com:

Thiago Cunha

Formado em Administração de Empresas, especialista em Gestão de Projetos com certificado PMP®, Gestão de Pequenos Negócios pela USP e Mestrando em Propriedade Intelectual e Transferência de Tecnologia na UnB.

Vencedor de 2 concursos de inovação, tendo como premiação a oportunidade de conhecer centros de inovação e tecnologia da Espanha e Alemanha.

Atualmente dedica seu tempo como empreendedor, consultor, facilitador de metodologias de gestão de projetos de inovação no Sebrae, com atuação em um dos maiores ecossistemas de coinovação do Brasil – inovabra habitat.

LinkedIn e Instagram: thiagocunhaadm

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Prof. Manfrim, L. R.

Compulsivo em Administração (Bacharel). Obcecado em Gestão de Negócios (Especialização). Fanático em Gestão Estratégica (Mestrado). Consultor pertinente, Professor apaixonado, Inovador resiliente e Empreendedor maker.

Explorador de skills em Gestão de Projetos, Pessoas e Educacional, Marketing, Visão Sistêmica, Holística e Conectiva, Inteligência Competitiva, Design de Negócios, Criatividade, Inovação e Empreendedorismo.

Navegador atual nos mares do Banco do Brasil, UDF/Cruzeiro do Sul e Jornal de Brasília. Já cruzou os oceanos do IMESB-SP, Nossa Caixa Nosso Banco (NCNB) e Cia Paulista de Força e Luz (CPFL).

Freelance em atividades com a Microlins SP, Sebrae DF e GDF – Governo do Distrito Federal.

Contato para palestras, conferências, eventos, mentorias e avaliação de pitchs: [email protected].

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? Currículo Lattes – Prof. Manfrim

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