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Professor M.

Criatividade, a habilidade que liberta a Inovação

Prof. Manfrim

02/02/2020 18h28

Criatividade

Crédito: Prof Manfrim, L.R.

A criatividade é uma habilidade e capacidade fundamental para que os inovadores e empreendedores libertem os pensamentos e ideias na solução de problemas e (ou) aproveitamento de oportunidades de negócios.

A palavra criatividade é derivada do latim cre?re, que se refere a formar, produzir e criar. Segundo o Dicionário Aulete, criatividade está relacionada à qualidade de quem ou do que é inovador, criativo, original. Segundo o Dicionário Dicio, é compor a partir da imaginação na área em que atua.

Logo, criatividade está relacionada à capacidade ou habilidade que uma pessoa tem de criar algo ou alguma coisa nova, ou baseado, ou alterando existente, nos diversos aspectos – pessoal, social, profissional e organizacional.

Por ser uma ação com capacidade de alterar a realidade (pessoal, social, profissional e organizacional), a criatividade é bastante valorizada, se tornando uma habilidade valorizada e uma característica pessoal capaz de produzir efeito(s) em um ambiente.

Afinal, ficam as perguntas: Você é criativo? Você se considera criativo?

Criatividade é para (de) todos

Existe uma falsa ideia vigente em alguns ambientes corporativos de que ‘ser’ criativo é para poucos, de que a criatividade faz parte do universo de alguns privilegiados e que esses iluminados são especiais.

Assim também, os autoproclamados e denominados ‘criativos’ alimentam essa mística da excepcionalidade, dos singulares intelectualmente, dos raros detentores dessa qualidade e distintos dessa capacidade – formação do estereótipo, clichê e rótulo de criativo.

Da mesma forma, algumas empresas supervalorizam essas pessoas, ocupando os palcos das organizações, conquistado os holofotes e se tornado celebridades no ambiente de trabalho, tal qual tratamos no artigo ‘Inovadores Narcisistas no ambiente organizacional’.

A conjunção dessas três perspectivas é um olhar míope e desfocado da realidade sobre a capacidade que todos nós temos de sermos criativos, de desenvolvermos e potencializarmos a criatividade em nosso dia a dia.

Normalmente associamos criatividade com inventividade, quando vem em pensamento Leonardo da Vinci, Thomas Edison, Alexander Graham Bell, Karl Benz, Nikola Tesla, Temple Grandin, Nélio José Nicolai, Bill Gates, Steve Jobs e Shunpei Yamazaki, como exemplos.

Levados por essas ideias e imagens, muitas pessoas não se veem e se julgam criativas. Criatividade não se aplica apenas a algo novo, único, exclusivo e complexo, mas também está relacionada às coisas simples do cotidiano das pessoas e das organizações.

No artigo ‘Tempos de complexidade, mas na Era da Simplicidade’, refletimos sobre o desafio de resolver problemas complexos, criando e implementando soluções simples, o princípio da Era da Simplicidade!

Todos nós temos algum nível ou grau de criatividade pois, é uma característica inata do ser humano ou, não teríamos sobrevivido até hoje – os Denisovans, os Neandertais e os Seres Humanos Modernos foram os primeiros dotados de criatividade; a criatividade de sobrevivência.

Tal qual os seres humanos, as organizações sobrevivem em função da criatividade de seus integrantes, independente do cargo exercido, da função realizada e do grau de complexidade ou simplicidade da tarefa, é necessário ser criativo para solucionar problemas e (ou) aproveitar oportunidades de negócios.

Tipos de criatividade

Conceitualmente, existem duas abordagens relativas aos tipos de criatividade:

– Abordagem I (Arne Dietrich):

(1) Deliberada e cognitiva: requer muita pesquisa, alto conhecimento, produção e processamento de várias combinações e tempo para testar as ideias para uma nova criação ou para uma solução.

(2) Deliberada e emocional: requer tempo de quietude e momentos solitários – como vê e se sente algo e em como se percebe a situação, baio uso de dados, atributos, padrões e outras informações racionais – interesse pela subjetividade e por intensa reflexão.

(3) Espontânea e cognitiva: requer maior liberdade, desapego e pouca obrigatoriedade (pressão para geração de ideias); necessita de tempo fora do ambiente de trabalho; ócio criativo.

(4) Espontânea e emocional: requer mente livre e momentos descontraídos; ligada a experiências pessoais e aspectos emocionais; a ideia surge a qualquer momento e em qualquer lugar, surge do ‘nada’ – insight, estalo, lampejo, centelha.

– Abordagem II (Kevin Ashton):

(1) Mimética: se concentra em copiar, imitar ou reproduzir algo de maneira exata. É um tipo de criatividade básica e pouco elaborada, inclusive os animais são capazes de desenvolvê-la.

(2) Analógica: permite resolver problemas mais complexos. Serve para transferir informação que entendemos e dominamos, com o objetivo de resolver novos desafios. Definitivamente, dão lugar a novas ideias.

(3) Bissociativa: se apresenta quando nosso pensamento racional se conecta com o pensamento intuitivo. É o que nós podemos denominar de momento Eureka! ou Insight! Ela permite conectar uma ideia que nos é familiar com outra que não é, com o objetivo de gerar um conceito diferente.

(4) Narrativa: capacidade de criar histórias. As histórias costumam seguir uma ordem coerente. Relacionam e unem os personagens, ações, descrições, tramas, narração do relato e gramática. Como acaba sendo muito simples reconstruir estas histórias e criar algo novo, pode ser muito útil para pensar de maneiras diferentes.

(5) Intuitiva: capacidade de receber as ideias e criá-las em nossas próprias mentes, sem a necessidade de nenhuma imagem externa. Assim, esvaziar nossa mente ou afastar, por um instante, os sistemas de raciocínio que temos automatizados, vai preparar o terreno para que nossa criatividade intuitiva surja.

Segundo Kevin Ashton, “Podemos dizer que a criatividade tem a ver também com criar valor em um produto, serviço ou método, fazer algo ser visto como importante ou criar vínculos em algo que antes não existia. A criatividade não é algo engessado, não é estático. Não existe apenas um tipo de criatividade. Podemos dizer que a criatividade se manifesta de formas variadas”.

Habilidade: criatividade

Profissionais e trabalhadores criativos são bastante cobiçados, requisitados e demandados pelas organizações, já que se infere serem capazes de solucionar problemas e (ou) aproveitar oportunidades de negócios.

As empresas procuram contratar ou desenvolver a criatividade entre seus funcionários buscando avançar nos negócios, conquistar mercados e superar seus concorrentes, por meio da criação de valor e satisfação dos clientes.

Algumas dicas e atitudes fundamentais para desenvolver habilidade criativa:

1 – Esvaziar a mente e relaxar; criar um estado de fluidez e flexibilidade de pensamento – fuja da rotina;

2 – Explorar e revisar os problemas que se apresentam e as soluções encontradas até o momento para resolvê-los – estudar;

3 – Exercitar conexões e associações; praticar a ligação e interligação pontos entre ideias aparentemente desvinculadas e (ou) pouco convencionais;

4 – Observar o ambiente à sua volta (pessoal, social, profissional e organizacional); questionar e perguntar (curiosidade) – crie um ambiente favorável;

5 – Experimentar ideias e conhecimentos fora de sua zona de conforte e especialidade; conhecer novos assuntos, temas e conteúdos diferentes de sua especialidade profissional;

6 – Exercitar o corpo e manter uma alimentação saudável; determinadas componentes de certos alimentos e exercícios físicos liberam hormônios essenciais e benéficos ao cérebro.

A inovação depende da capacidade pessoal de mudar os padrões, parâmetros e modelos de pensamento existentes, romper com paradigmas do presente e construir algo diferente para o futuro.

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Prof. Manfrim, L. R.

Compulsivo em Administração (Bacharel). Obcecado em Gestão de Negócios (Especialização). Fanático em Gestão Estratégica (Mestrado). Consultor pertinente, Professor apaixonado, Inovador resiliente e Empreendedor maker.

Explorador de skills em Gestão de Projetos, Pessoas e Educacional, Marketing, Visão Sistêmica, Holística e Conectiva, Inteligência Competitiva, Design de Negócios, Criatividade, Inovação e Empreendedorismo.

Navegador atual nos mares do Banco do Brasil, UDF/Cruzeiro do Sul e Jornal de Brasília. Já cruzou os oceanos do IMESB-SP, Nossa Caixa Nosso Banco (NCNB) e Cia Paulista de Força e Luz (CPFL).

Freelance em atividades com a Microlins SP, Sebrae DF e GDF – Governo do Distrito Federal.

Contato para palestras, conferências, eventos, mentorias e avaliação de pitchs: [email protected].

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