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O suposto assédio de Neymar a funcionária da Nike, em Nova York,  nunca foi esclarecido

O caso Dani Alves trouxe de volta ao noticiário uma acusação contra Neymar que teria motivado o seu rompimento com a Nike

Marcondes Brito

23/02/2024 6h51

Reprodução

A condenação de Daniel Alves por estuprar uma jovem de 20 anos, em Barcelona, trouxe de volta ao noticiário alguns casos que envolveram jogadores famosos, como o ex-santista Robinho, também condenado na Europa pelo mesmo tipo de crime.

A mídia “desenterrou” ainda um caso que envolveu Neymar, em 2016, e que até hoje nunca foi totalmente esclarecido.

Uma funcionária da empresa Nike acusou Neymar de agressão sexual, e esse teria sido o motivo pelo qual a Nike, na época, encerrou o contrato com o jogador, embora ainda faltasse oito anos para a conclusão da parceria.

O assunto ganhou manchetes dos jornais do mundo inteiro, a partir de uma publicação do The Wall Street Journal, que teve acesso a documentos e entrevistou pessoas ligadas ao assunto.

A funcionária da Nike disse a amigos e colegas que Neymar tentou forçá-la a fazer sexo oral em um quarto de hotel de Nova York, onde ela ajudava a coordenar eventos e fazia a logística para o atacante e sua comitiva. Funcionários da Nike foram citados nos documentos. Neymar e a sua assessoria sempre negaram a acusação.

“Neymar Jr. se defenderá vigorosamente contra esses ataques infundados caso alguma reclamação seja apresentada, o que não aconteceu até agora”, disse a assessoria do atleta, que justificou o fim do contrato com a Nike por motivos comerciais. Segundo matéria do jornal americano, a funcionária da Nike registrou uma reclamação para a empresa em 2018 e descreveu o incidente para o chefe de recursos humanos e conselho geral, de acordo com as pessoas e os documentos.

A Nike contratou advogados da Cooley LLP para conduzir uma investigação, a partir de 2019, e decidiu deixar de usar Neymar no marketing.

“A Nike encerrou seu relacionamento com o atleta porque ele se recusou a cooperar na investigação, após alegações de irregularidades apresentadas por um funcionário”, disse Hilary Krane, conselheiro geral da Nike, em resposta às perguntas do jornal.

Krane disse que a Nike não discutiu o assunto publicamente porque “não havia um conjunto de fatos que nos permitiriam falar substantivamente sobre o assunto. Seria impróprio para a Nike fazer uma declaração acusatória sem ser capaz de fornecer fatos de apoio.”

A porta-voz de Neymar refutou as acusações: “É muito estranho um caso que deveria ter acontecido em 2016, com denúncias de um funcionário da Nike, só vir à tona neste momento”, disse. Segundo pessoas ouvidas, representantes de Neymar contestaram o relato da mulher durante a investigação de Cooley, mas o próprio atleta se recusou a ser entrevistado pelos investigadores da Nike. Neymar esteve em Nova York em junho de 2016, data da acusação, para participar do lançamento de calçados da marca Jordan da Nike.

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