Da tribuna da Câmara Legislativa, o distrital Thiago Manzoni afirmou que é uma “coincidência muito ruim” o fato de a Operação Sequaz, aquela em que se prendaram bandidos suspeitos de planejarem o assassinato do senador Sérgio Moro, acontecer um dia depois de os brasileiros terem acesso a um vídeo do presidente Lula dizendo que só ficaria bem depois de f**er com a vida de Moro. Aí Manzoni se interrompeu para uma ressalva.
“Eu espero que seja uma coincidência”, observou. Pelo jeito, o distrital tem sérias dúvidas quanto a isso. Thiago Manzoni lembrou a importância de Moro para a Operação Lava Jato e seu trabalho contra a corrupção.
“Eu espero que a segurança do Senador Sérgio Moro e de sua família seja garantida e que nunca mais veja esse tipo de discurso de ódio sendo proferido pela boca de um Presidente da República”, advertiu.
Pelo jeito, advertiu errado. Pouco depois, quando lhe perguntaram sobre a Operação Sequaz, Lula voltou a atacar: “Eu não vou falar, porque acho que é mais uma armação do Moro, mas eu quero ser cauteloso. Eu vou descobrir o que aconteceu”.
Quer dizer, o presidente da República insinua que uma operação da Polícia Federal sobre uma conspiração de criminosos para sequestrar e matar autoridades pode ser só uma armação da vítima.