Convidado a participar de uma sessão do Senado sobre o Dia do Parlamento, o presidente da Secretaria do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional, o brasiliense Leandro Grass disse que as invasões do 8 de setembro abriram um horizonte de possibilidades, que passa pela responsabilização dos que tentaram o golpe, mas envolve uma projeção do futuro, a partir das crianças e dos jovens.
Consistiria em “construir um projeto de educação histórica e de educação patrimonial – não sobre o passado, mas, acima de tudo, sobre o futuro”.
Para Grass, que foi distrital por um mandato, agora “nós precisamos ocupar a Praça dos Três Poderes e não isolar a população de lá.
Nós precisamos fazer com que a população entenda que esses três edifícios que foram sinalizados numa perspectiva teórica e legislativa já na Constituição de 1823, que esses três edifícios representam nós mesmos, representam o equilíbrio, representam as liberdades, representam a dignidade do povo brasileiro através de um Estado que o protege”.
A data coincide com os 200 anos da instalação da primeira Assembleia Constituinte brasileira. Do mesmo evento participou o ex-presidente José Sarney, que deu uma aula magna, do alto de seus 93 anos: “o Legislativo “é o coração do povo em qualquer lugar do mundo e não pode haver democracia sem Parlamento. Sem Parlamento forte, não existe democracia forte. O país não pode ficar atrasado por divisões internas nem por atos como aqueles de 8 de janeiro, que envergonham o país e devem ser punidos para que isso não se repita jamais na história do Brasil”, afirmou.
