Foi imediata a reação de defensores do governo Lula após os decepcionantes índices de avaliação apurados pelo DataFolha. Só para lembrar, a aprovação do governo ficou em 38%. A nota de regular chegou a 30%, enquanto outros 30% cravaram o ruim+péssimo. Em outras palavras, 60% mostram que o governo Lula deixa a desejar.
Ainda não houve uma resposta oficial, mas defensores do Planalto plantaram a informação de que esses índices não surpreenderam o gabinete presidencial e seus conselheiros, tanto assim que já se previa uma campanha, bancada pelo Planalto, por uma conciliação nacional. A conversa não colou. Observadores experientes, como o ex-governador e ex-senador Cristovam Buarque, registram que nenhuma campanha funciona se não corresponder à percepção popular.
“Um governo não pode apostar em uma conversa de conciliação se trata como inimigos quem não está desde o início a seu lado”, lembra Cristovam. Aliás, nos palanques da campanha já se falava em uma conciliação que nunca foi acompanhada por qualquer gesto.
“Eu nem me refiro pessoalmente a Bolsonaro, mas entre quem está no governo e quem está nesse outro extremo há muitas forças políticas a considerar”, avisa Cristovam. Ele dá até um exemplo. Quem não se opôs ao impeachment de Dilma, por exemplo, é tratado como inimigo político.