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Do Alto da Torre
Do Alto da Torre

Caravana 60 anos depois do golpe

A Marcha da Democracia fará duas paradas para atos simbólicos em memória aos mais de 50 mil perseguidos políticos dos 21 anos da ditadura

Eduardo Brito

01/02/2024 20h14

Foto: Reprodução

Filho do ex-presidente João Goulart e hoje presidente regional do PCdoB, João Vicente Goulart anunciou neste 1º de fevereiro uma manifestação pelos 60 anos do golpe de estado que derrubou seu pai e implantou a ditadura militar de 1964.

Participará a família do ex-presidente João Goulart – a viúva Maria Tereza e os filhos Denise e João Vicente – e um dos raros líderes sindicalistas da época, Clodsmidt Riani, hoje com 103 anos de idade, que presidiu o histórico Comando Geral dos Trabalhadores.

O encontro será na cidade mineira de Juiz de Fora, de onde há 60 anos, partiram as tropas da então 4ª Região Militar, com destino ao Rio de Janeiro, para derrubar o governo de Jango, sob o comando do general Olympio Mourão Filho.

Uma caravana fará o percurso inverso ao de 1964: deixará o Rio de Janeiro no dia 1º de abril rumo a Juiz de Fora, no sentido contrário ao das tropas de Mourão.

A Marcha da Democracia fará duas paradas para atos simbólicos em memória aos mais de 50 mil perseguidos políticos dos 21 anos da ditadura. A primeira será em Petrópolis, na chamada Casa da Morte, um dos maiores centros de tortura de pessoas executadas e desaparecidas.

A segunda ilustrará um fato pouco conhecido: ocorrerá em uma ponte do Rio Paraibuna, na antiga divisa do Rio com Minas Gerais. As tropas do general Mourão dinamitaram as estruturas da ponte, que seria explodida se houvesse reação ao golpe.

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