Sempre lembrado pela forma polêmica com que dirigiu o IPEA em governos petistas anteriores, o economista Márcio Pochmann assumiu agora o IBGE sob suspeitas de que, como fez no cargo anterior, interviria nos estudos feitos pela instituição.
Já o IBGE o principal provedor de informações geográficas e estatísticas do Brasil, compilando dados estratégicos como os relativos a população, inflação, preços, produto interno bruto, desemprego, construção e por aí vai.
Dá para imaginar o que ocorreria se essas informações forem manipuladas. Quando Pochmann assumiu, já havia uma tempestade formada, por conta do Censo de 2022, com o IBGE acusado de “fabricar índios” ao aplicar seu questionário.
Se a coisa já estava ruim, ainda pode piorar. Pochmann substituiu os diretores de Pesquisas e de Geociências, as áreas mais sensíveis da pasta.
Deixou a diretoria de Pesquisas o veterano Cimar Azeredo, ex-presidente do IBGE e figura icônica do instituto. Ou seja, Pochmann jogou gasolina em uma fogueira que estava mais do que acesa. E em área estratégica para qualquer governo, onde o risco de um deslize tem repercussão inclusive internacional.