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Concursando Direito
Concursando Direito

O absurdo não aprova você

Você deve utilizar a racionalidade e não se deixar levar por esse gatilho mental.

Werner Rech

10/09/2021 17h23

questões absurdas

Eu sei que você adora debater ou xingar o examinador que cria questões absurdas. Isso toma tempo precioso dos concurseiros, mas o absurdo não aprova você.

Se esse papo está parecendo muito avançado para você, deve ser porque você não passou por esta situação. Nesse caso, sugiro que assista o vídeo abaixo:

Voltando o meu propósito aqui… Se você está curtindo a “vibe” do assunto, evidentemente já teve a sua atenção tomada por questões absurdas chamam, acionando o gatilho mental da surpresa. Isso acontece por você querer normalizar e antecipar as questões. Quando isso não acontece, vem o choque.

Essas questões absurdas são menos de 3% das questões dos concursos públicos. Ainda assim, recebem atenção desproporcional dos concurseiros. Possivelmente pelo gatilho mental que é acionado.

Racionalidade do absurdo

Contudo, somos animais racionais – pelo menos é isso que supostamente nos distingue dos outros animais. Nessa condição você deve utilizar dessa racionalidade e não se deixar levar por esse gatilho mental. O instinto concurseiro em alguns momentos até pode ser benéfico, mas nesse caso só traz malefícios.

Eu, na condição de professor, fico muito inquieto quando vejo pessoas perdendo tempo vociferando contra os examinadores que criaram essas questões ao invés de estarem se dedicando às questões normais. Você deve estar se perguntando se eu nunca fiz isso. Eu te respondo que já fiz muito isso. Foi errando que eu aprendi a não perder tempo com as questões absurdas. Você pode me chamar de hipócrita e continuar fazendo do seu jeito, ou ler esse texto até o final e extrair algo de valor para o sua vida concurseira.

O que eu sei é que os examinadores fazem isso. No entanto, sua atenção não deveria estar nisso. O absurdo não aprova você. O que fará isso, na minha opinião, é o pragmatismo de acertar as questões simples e as médias. O resto é tudo ruído que faz a maioria dos concurseiros perderem um tempo muito valioso.

Logo, você precisa normalizar a condição humana do examinador. Ele também quer fazer questões impossíveis de serem acertadas. Pode ser que seja puramente pelo afago ao ego, ou mesmo a ingenuidade de acreditar num sincero diálogo entre academia e os concursos.

Diálogo Academia/Concursos

Posso dizer com toda tranquilidade que esse diálogo não existe, pois, a academia busca o ineditismo e os concursos buscam o pragmatismo das teorias consolidadas. Sempre teremos um descompasso temporal. Quando uma tese se consolida deixa de ser inédita e se perde o interesse da academia.

Inclusive, já deixei claro minha opinião sobre dispensar seu tempo em adquirir títulos. Por isso, recomendo a leitura deste outro artigo.

No entanto, existe um momento em que o diálogo entre academia e concursos milagrosamente acontece. Essas questões absurdas fazem isso. Elas jogam luz sobre um espaço obscuro para os concurseiros.

Espero que você entenda que eu não estou menosprezando nem a academia nem os concursos. Eu só quero ressaltar que são conversas diferentes se desenrolando nesses dois espaços.

Não se incomode com o absurdo

Diante de tudo que escrevi, quero te dizer que quando eu vejo algo fora do lugar fico incomodado. Imagino que isso acontece com você mesmo não sendo um doido da organização. Esse parece ser o mesmo efeito que acontece com as questões absurdas. Elas não pertencem ao mundo dos concursos.

Nessas horas você terá que lutar contra seu instinto e ignorar o absurdo, pois não é isso que fará você ser aprovado. Foco no que interessa!

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