A história se repete desta vez na versão feminina. Ted, conhecido como “Baby Boss” tem um irmão mais velho que já conhecemos, Tim. Agora mais velho, casado e com duas filhas, Tim descobre que Tina, a filha mais nova, tem as mesmas habilidades que o tio Ted.
Tudo começa em um momento da vida em que Tim percebe que a filha mais velha Tabitha já não interage mais com ele como antes. A menininha do papai agora é crescida e já não curte canções de ninar. Pesadelos e a alucinações mostram o medo de Tim em relação a Tabita conforme a criação e a evolução dela como criança
Retomando o contexto dos bebês superdotados, Tina, o bebê super inteligente da família, é recrutada pela Baby Corp (mesma empresa que Ted trabalhou enquanto bebê) para tentar salvar os pais da ameaça do Dr. Armstrong.
Durante a trajetória de aventuras, percebemos que mesmo crescidos, os irmãos Tim e Ted ainda mantêm viva a briga de egos para saber quem é o melhor e no que são melhores um do que o outro.
Piadas e referências
A versão dublada não contém muitas referências (facilmente percebidas), é evidente que espectadores mais vorazes na captura de erros podem perceber algum detalhe que posso ter deixado passar.
Em um dado momento Tina assiste “Spirit o corcel indomável” e em outro diálogo, Tim usa a expressão “O pai ta On”. Na escola investigada pela Baby Corp, um bebê com o rosto todo branco e maquigem vermelha marcante pode ser comparado ao palhaço de “IT a Coisa”.
O filme repete a fórmula de uma boa animação com vilões. No estilo “Meu malvado favorito”, “Os incríveis”, “MegaMente” e outros mais, a história de ter um vilão em busca da dominação global e do poder fica bem evidente e até certo ponto agrada e diverte.
“O poderoso chefinho 2, negócio em família” levanta um questionamento sobre como criar os filhos, se mesmo ainda criança podemos ter escolhas e saber o que é bom ou ruim. Desta vez os vilões querem que os pais não dominem mais a criação e escolhas das crianças e bebês.
Sem perder uma das características das animações, o longa tem o momento “cantoria” que mostra Tim ajudando Tabita com a preparação para a apresentação de Natal da escola.
A briga entre os irmãos fez com que o plano de Armstrong avançasse. Aprendemos que boas relações podem salvar o dia.
Apesar de todo dinheiro e poder, o que Ted mais gostaria de ter é uma boa relação com a família. O filme é bem construído quando se trata de relacionamentos , família e o que realmente importa para a felicidade.
Um pequeno errinho quando eles voltam a ser adultos e a roupa de Ted se mantém pequena mas a de Tim expande junto com ele.
Um detalhe legal é quando Tabita canta a música de Natal em casa e a avó joga o celular do avô longe, o que nos mostra que podemos e devemos curtir bons momentos sem ficar preso ao mundo digital.
A lição que fica é que apesar de crianças, sempre crescemos e com a vida vamos aprender a aproveitar cada fase.
Um tapa na cara da sociedade digital uma vez que vemos cada vez mais jovens precoces presos a aparelhos eletrônicos e com pouca interação social . Isso não nos torna melhores nem mais inteligentes por saber operar um tablet ou saber ligar a Netflix sozinhos.
Crianças precisam ser crianças e assim por diante.
Bom filme a todos!!!
Ficha Técnica
Título: The Boss Baby: Family Business (Original)
Ano produção: 2021
Direção: Tom McGrath
Duração: 107 minutos