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Cinema com ela
Cinema com ela

A “Poderosa” chefinha traz diversidade ao comando

A briga agora é com as meninas. A continuação de “O Poderoso Chefinho” traz no papel de “Baby Boss” a sobrinha de Ted, Tina

Henrique Kotnick

11/08/2021 20h17

Tina Templeton (Amy Sedaris) in DreamWorks Animation’s The Boss Baby: Family Business, directed by Tom McGrath.

A história se repete desta vez na versão feminina. Ted, conhecido como “Baby Boss” tem um irmão mais velho que já conhecemos, Tim. Agora mais velho, casado e com duas filhas, Tim descobre que Tina, a filha mais nova, tem as mesmas habilidades que o tio Ted.

Tudo começa em um momento da vida em que Tim percebe que a filha mais velha Tabitha já não interage mais com ele como antes. A menininha do papai agora é crescida e já não curte canções de ninar. Pesadelos e a alucinações mostram o medo de Tim em relação a Tabita conforme a criação e a evolução dela como criança

Retomando o contexto dos bebês superdotados, Tina, o bebê super inteligente da família, é recrutada pela Baby Corp (mesma empresa que Ted trabalhou enquanto bebê) para tentar salvar os pais da ameaça do Dr. Armstrong. 

Durante a trajetória de aventuras, percebemos que mesmo crescidos, os irmãos Tim e Ted ainda mantêm viva a briga de egos para saber quem é o melhor e no que são melhores um do que o outro. 

Piadas e referências 

A versão dublada não contém muitas referências (facilmente percebidas), é evidente que espectadores mais vorazes na captura de erros podem perceber algum detalhe que posso ter deixado passar. 

Em um dado momento Tina assiste “Spirit o corcel indomável” e em outro diálogo, Tim usa a expressão “O pai ta On”. Na escola investigada pela Baby Corp, um bebê com o rosto todo branco e maquigem vermelha marcante pode ser comparado ao palhaço de “IT a Coisa”. 

(from left) The Boss Baby/Ted Templeton (Alec Baldwin) and Dr. Erwin Armstrong (Jeff Goldblum) in DreamWorks Animation’s The Boss Baby: Family Business, directed by Tom McGrath.

O filme repete a fórmula de uma boa animação com vilões. No estilo “Meu malvado favorito”, “Os incríveis”, “MegaMente” e outros mais, a história de ter um vilão em busca da dominação global e do poder fica bem evidente e até certo ponto agrada e diverte.

“O poderoso chefinho 2, negócio em família” levanta um questionamento sobre como criar os filhos, se mesmo ainda criança podemos ter escolhas e saber o que é bom ou ruim. Desta vez os vilões querem que os pais não dominem mais a criação e escolhas das crianças e bebês.

Sem perder uma das características das animações, o longa tem o momento “cantoria” que mostra Tim ajudando Tabita com a preparação para a apresentação de Natal da escola.

A briga entre os irmãos fez com que o plano de Armstrong avançasse. Aprendemos que boas relações podem salvar o dia.

Apesar de todo dinheiro e poder, o que Ted mais gostaria de ter é uma boa relação com a família. O filme é bem construído quando se trata de relacionamentos , família e o que realmente importa para a felicidade.

Um pequeno errinho quando eles voltam a ser adultos e a roupa de Ted se mantém pequena mas a de Tim expande junto com ele.

Um detalhe legal é quando Tabita canta a música de Natal em casa e a avó joga o celular do avô longe, o que nos mostra que podemos e devemos curtir bons momentos sem ficar preso ao mundo digital.

A lição que fica é que apesar de crianças, sempre crescemos e com a vida vamos aprender a aproveitar cada fase. 

Um tapa na cara da sociedade digital uma vez que vemos cada vez mais jovens precoces presos a aparelhos eletrônicos e com pouca interação social . Isso não nos torna melhores nem mais inteligentes por saber operar um tablet ou saber ligar a Netflix sozinhos. 

Crianças precisam ser crianças e assim por diante.

Bom filme a todos!!!

Ficha Técnica

Título: The Boss Baby: Family Business (Original)
Ano produção: 2021
Direção: Tom McGrath
Duração: 107 minutos

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