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Analice Nicolau
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Você sabe os riscos de correr a tradicional Corrida de São Silvestre? Fisioterapeuta Raquel Silvério explica

Você sabe os riscos de correr a tradicional Corrida de São Silvestre? Fisioterapeuta Raquel Silvério explica

Analice Nicolau

28/12/2021 19h30

Você sabe os riscos de correr a tradicional Corrida de São Silvestre? Fisioterapeuta Raquel Silvério explica

Foto: Reprodução

A 96ª edição do evento ocorrerá nesta sexta-feira, (31) às 7h25 com cadeirantes; 7h40 o Elite Feminino; e às 8h05, Elite Masculino e Pelotão Geral.

Você já ouviu o termo “overtraining”? A fisioterapeuta Raquel Silvério explica que o “overtraining” acontece quando a pessoa passa dos limites, fazendo mais exercícios do que o seu corpo está preparado para realizar e automaticamente, de se recuperar: “Na maioria das vezes isso acontece quando o indivíduo tenta melhorar o desempenho nos treinos e provas, mas exagera no volume e na intensidade”, esclarece.

E o que isso tem a ver com a corrida de São Silvestre? A fisioterapeuta explica que a síndrome pode gerar problemas no aspecto muscular, imunológico e psicológico: “Com a proximidade da São Silvestre, por exemplo, muitos corredores optam por intensificar os treinos para conseguir uma melhor colocação ou simplesmente para melhorar os seus resultados e é aí que mora o perigo. Mudar radicalmente o estilo de treino ou não se preparar para esse avanço diário pode gerar um efeito contrário”.

A diretora clínica do Instituto Trata, unidade de Guarulhos, alerta para os sinais mais comuns de overtraining e reforça: ao menor sinal de exaustão, preguiça e cansaço procure um especialista.

Alguns dos sinais são:

  • Perda de condicionamento físico com perda de força e resistência;
  • Dor muscular persistente;
  • Sensação de fadiga crônica;
  • Elevação significativa da frequência cardíaca em repouso (este é um sinal bem típico);
  • Mudança de humor com quadro de depressão e irritabilidade;
  • Queda da resistência imunológica;
  • Perda da qualidade do sono.

“O tratamento ideal para a síndrome é a redução total dos treinos e nos casos mais graves a parada de todas as atividades físicas e das competições. Quando o atleta quer ir em busca de uma qualidade de vida melhor, é preciso ter um grande acompanhamento, médico, fisioterapeuta, nutricionista, dessa forma, é mais fácil evitar problemas como o overtraining e evoluir positivamente no esporte”, conclui a fisioterapeuta.

Raquel Silvério possui especialização em fisioterapia músculo esquelética pela Santa Casa de São Paulo, além de formação em terapia manual ortopédica nos conceitos Maitland, Mulligan e Mckenzie e forte experiência em tratamentos da coluna vertebral.

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