Desde a implementação da Portaria Nº 50 pelo Ministério de Minas e Energia em 2022, os consumidores do Grupo A, principalmente grandes empresas conectadas à rede de alta tensão, têm desfrutado da liberdade de escolher seus fornecedores de energia. Este privilégio, que já resultou na migração de mais de 2.400 consumidores ao mercado livre em apenas um mês, promete se estender em breve ao Grupo B, que inclui famílias e pequenos negócios.
A pesquisa da Associação Brasileira dos Comercializadores de Energia (Abraceel) destaca que a extensão dessa política para o Grupo B pode resultar em uma economia média de 19% nas contas de luz, o que traduziria em cerca de R$ 35,8 bilhões por ano. Segundo Sandro Bittencourt de Souza, CEO da Vektor Energia, a economia potencial varia entre 15% e 40% para as empresas que optarem pelo mercado livre.
Além das vantagens financeiras, o mercado livre permite aos consumidores a escolha de energia proveniente de fontes renováveis e não poluentes, alinhando economia com sustentabilidade ambiental. “Para muitas famílias, a conta de luz representa um dos maiores gastos mensais”, comenta Sandro. “Portanto, a abertura do mercado livre tem o potencial não apenas de reduzir custos, mas também de fomentar um ambiente energético mais competitivo e inovador.”
Apesar desses avanços, a maioria dos consumidores do Grupo B continua aguardando a implementação dessas mudanças, que poderiam não apenas reduzir despesas mas também diminuir as desigualdades no acesso à energia no país. A extensão desse benefício promoveria uma competição saudável entre fornecedores, elevando a eficiência geral do setor e incentivando a inovação e o desenvolvimento de tecnologias limpas.