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Analice Nicolau
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Quarentena gera aumento da busca de procedimentos estéticos por adolescentes: “aparência é um importante sinal de autoafirmação”

Isrraela ainda conta que a Rinomodelação é a campeã de procura

Analice Nicolau

20/10/2021 8h00

Atualizada 19/10/2021 19h38

Isrraela ainda conta que a Rinomodelação é a campeã de procura

A busca pelos procedimentos estéticos vem se tornando algo bem democrático. O que antes era restrito apenas às pessoas que buscavam um rejuvenescimento, hoje nota-se público bem mais jovem se tornando adepto das técnicas que envolvem a face. “Com as redes sociais, aulas e reuniões online, muitos jovens passaram a notar mais suas características estéticas. Características essas que implicam na autoestima e no meio como esses jovens socializam, diz a cirurgiã dentista Isrraela Massena, especialista em harmonização facial.

Ela ainda lembra que a maioria dos procedimentos estéticos não invasivos não oferecem riscos ao desenvolvimento deste tipo de público. “Antes de tudo é preciso ter bom senso como profissional e avaliar até onde uma mudança estética seria possível e de que forma ela poderia influenciar. Grande parte dos procedimentos estéticos são realizados hoje com ácido hialurônico, um material biocompatível que com o passar do tempo se dissolve. Portanto é um material que não gera nenhuma complicação em relação ao processo de desenvolvimento de muitos jovens que buscam por procedimentos estéticos, desde que autorizados pelo responsável no caso da menor idade”.

Isrraela ainda conta que a Rinomodelação é a campeã de procura. “Outra questão importante é Bullying, alguns jovens sofrem com brincadeiras de mau gosto relacionadas à sua imagem. Percebo ser mais comum com o nariz, então é na Rinomodelação que muitos jovens encontram a saída para se sentirem bem sem ter que passar por uma cirurgia. Os procedimentos estéticos, quando bem indicados e dosados, de fato podem refletir mudanças importantes no resgate da autoestima, mas como todo caso, sem exceção, é preciso uma avaliação rigorosa e bom senso”, finaliza a especialista.

A psicóloga Maria Rafart explica por que pessoas tão jovens, que teoricamente não têm necessidade de se submeter a procedimentos estéticos, estão à procura dessas mudanças. “Para o adolescente, sua aparência é um importante sinal de autoafirmação. A aceitação do próprio grupo é muito importante nesta fase; é quando ele traça a base para sua identidade como adulto. Estar atrás de uma câmera em aula on-line não só expõe os detalhes indesejados da fisionomia, mas coloca este adolescente em contato constante com a própria imagem, coisa que as aulas presenciais nunca trouxeram. Ao se ver mais, o adolescente se nota mais – e sabe que será notado pelos demais, mesmo sem presença de pressão do grupo”, diz.

Rafart deixa um alerta sobre o tema: “Fazer procedimentos estéticos na adolescência pode até ser indicado, como é o caso das espinhas, das orelhas de abano ou outras questões que possam gerar mal-estar e possam ter solução médica. Pais devem estar atentos, contudo, quando o bem-estar do adolescente é totalmente associado à sua imagem física – pois os pilares da autoestima devem ser múltiplos, incluindo atitudes propositivas por parte do indivíduo. Pessoas que fazem coisas, como por exemplo, dedicação a atividades físicas, atividades de voluntariado ou dedicação aos estudos – são pessoas cuja autoestima tende a ser mais alta do que aquelas que se baseiam mais na sua aparência”, finaliza a profissional.

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