Pelo sexto ano consecutivo, a pesquisadora Carla Furtado, fundadora do Instituto Feliciência, apresenta e analisa os resultados do ranking do Relatório Mundial da Felicidade de 2023. A aula aberta de Análise do Relatório Mundial da Felicidade será no mesmo dia de sua publicação pela ONU, 20 de março, Dia Internacional da Felicidade, das 15h30 às 16h30. O relatório trará o ranking dos países participantes geralmente, cerca de 150. O reitor da Cátedra Unesco, da Universidade Católica de Brasília, Prof. Dr. Geraldo Caliman fará a abertura da aula.
O Dia Internacional da Felicidade foi criado pela ONU em 2012 com a proposta de uma reflexão sobre como é avaliada a qualidade do crescimento de um país. Hoje, o Produto Interno Bruto (PIB) é o principal indicador. A data sugere o uso de uma métrica semelhante à FIB, Felicidade Interna Bruta, criado no Butão, e que avalia o progresso da nação a partir do tripé economia, bem-estar social e preservação ambiental.
O Relatório Mundial da Felicidade é feito a partir de um cálculo multifatorial que inclui a avaliação de aspectos como a relação PIB per capita, a expectativa de vida no nascimento, a existência de uma rede social de apoio diante de adversidades, a confiança no governo e nas organizações, a liberdade para fazer escolhas, a generosidade e, claro, a avaliação subjetiva da própria felicidade. As fontes são o Banco Mundial, a OMS e a Gallup World Poll.
Além do ranking, os relatórios anuais da ONU exploram temas específicos. Especialistas acreditam que esta edição trará um balanço do impacto da pandemia no bem-estar das populações, com recortes diversos, como geracional e de gênero.
Desde 2016, o Brasil vem perdendo posições no ranking do relatório da ONU. Do 16º lugar, o país foi para 38º em 2022. No entanto, cabe uma ressalva. “O relatório de 2023 trará a média dos últimos três anos — 2020, 2021 e 2022, período marcado pela pandemia e seus desdobramentos; não será apenas o resultado do último ano”, explica a pesquisadora e professora Carla Furtado, do Instituto Feliciência. A especialista complementa dizendo que “veremos impacto em todas as nações onde houve baixa confiança na condução da pandemia”. Com relação à relevância do Dia Internacional da Felicidade, Furtado diz que “a forma de abordar a felicidade enquanto direito humano é conhecer e atuar nas causas de sofrimento. Portanto, o que a ONU nos entrega é uma bússola para orientar as ações sociais.