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Analice Nicolau
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Francesco Pellegatta ministra aula de pizza em associação de Salvador

O escritor italiano foi voluntário na Associação da Felicidade e ensinou um grupo de mulheres a fazer pizza italiana para iniciar o próprio negócio

Analice Nicolau

14/02/2023 19h00

O escritor italiano foi voluntário na Associação da Felicidade e ensinou um grupo de mulheres a fazer pizza italiana para iniciar o próprio negócio

Francesco Pellegatta é escritor, palestrante, psicólogo, PdD em sexologia e master trainer em PNL, TLT e Hipnose. O currículo extenso e invejável não foi responsável pelo convite que levou Francesco a dar um minicurso a um grupo de mulheres em Salvador. O convite surgiu pelo fato de Francesco ser italiano e apaixonado por pizza.


Francesco foi convidado pela diretoria da Associação Beneficente e Recreativa do Bairro da Felicidade, a ABRBF, mais conhecida por Associação da Felicidade, localizada em Salvador-Bahia. O escritor ministrou um minicurso de pizza para um grupo de 14 mulheres carentes que são atendidas pela Associação da Felicidade.


Além de ensinar a fazer a tradicional pizza italiana, aquela bastante conhecida no tamanho de um prato, Pellegatta ensinou a fazer a pizza pré-assada tamanho família, ideal para ser comercializada, além de focaccia recheada, molho de tomate, técnicas de fermentação (como a longa que agrega valor ao produto), e outras técnicas que garantem sabor, qualidade e ainda reduzem o custo de fabricação.


Essa foi a primeira vez que Francesco Pellegatta e seu marido, o influenciador digital Lucas ‘O Sincero’ colaboraram ativamente com a ABRBF ministrando cursos. O casal chegou até a Associação em 2021, através de Ana Paula Matos, vice-prefeita de Salvador, e se encantou pelo projeto. “A ideia de tirar essas mulheres do assistencialismo e oferecer independência a elas é a razão de ser da Associação que nasceu para ajudar pessoas. Aprender para revender e depois fazer a diferença é incrível. Fazer parte disso é muito gratificante”, pontuou Francesco.


O palestrante explicou que é diferente quando se ensina algo que não é a sua especialidade, porém, ressaltou a capacidade que todas as pessoas têm de ensinar e aprender. “Os professores são especialistas, têm o jeito próprio de ensinar. No curso, foi como se tivesse ensinando o meu jeito de fazer pizza a um grupo de amigos. Foi uma troca muito prazerosa. Transmitir conhecimento é algo que todos podem fazer em qualquer momento da vida, é motivador”, disse Francesco.

A Associação

A Associação da Felicidade foi fundada em 2020 com o objetivo de proporcionar o desenvolvimento comunitário e social. Possui diversos projetos como o ballet infantil, jiu-jitsu infantil, boxe adolescente e adulto, capacitação na área de gastronomia, impulsionamento para o empreendedorismo, atendimento e orientação para o cidadão nas áreas de direito previdenciário, área médica, psicológica e psicopedagógica; com grande foco no atendimento de crianças e auxílio das mães solo.


A cozinha escola funciona com cursos de capacitação, a exemplo do minicurso na qual Francesco participou. A proposta é oferecer qualificação para que as pessoas possam empreender. Para isso, a Associação estabeleceu parcerias com 12 bancos-comunidades que oferecem empréstimos aos ex-participantes dos cursos que são potenciais empreendedores. Por meio da Associação, os participantes podem fazer empréstimos para empreender, e a cada seis meses, os empréstimos podem ser renovados.
Além disso, quando está vaga, os grupos utilizam a cozinha para produzir salgados que são vendidos na comunidade e os recursos são revertidos para custear parte das despesas da instituição; demanda que aumentou expressivamente em dezembro passado.


Na ocasião, a Associação soube que o prédio onde funciona desde 2020 será vendido após o final do contrato de locação, que vencerá em março de 2023. A partir daí, começou uma nova corrida para tentar arrecadar o valor e comprar o imóvel. “Aqui na comunidade não tem outro prédio ou casa que comporte nossos projetos, corremos o risco de acabar com o ballet infantil e outros projetos. Então gostaríamos de tentar fazer uma vaquinha ou pedir ajuda do poder público para comprar o prédio para não sermos despejados”, explicou Plícia Sena, presidente da Associação.


Na corrida contra o tempo, a Associação busca ajuda e parcerias para permanecer na íntegra com todos os serviços e projetos. Enquanto isso, segue fazendo seu trabalho e capacitando pessoas. “A parte mais importante deste projeto é empoderar, fazer o que os governos não fazem. Todas as pessoas têm potenciais e todas as pessoas podem brilhar. É uma questão de conhecimento e oportunidade. A Associação oferece os dois”, concluiu Francesco.

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