Durante meses o deputado baiano Cláudio Cajado foi tratado pelos brasilienses como uma incorporação de Satanás.
Não era para menos. Como relator do projeto do arcabouço fiscal, Cajado incluiu emenda que retiraria até R$ 81 bilhões do Fundo Constitucional do Distrito Federal e assumiu a responsabilidade por isso. Se havia algum mandante, o deputado nunca entregou.
Na reta final, ainda colocou os obstáculos possíveis, apontando o risco de falta de caixa para o governo. Diante da posição dos líderes, enfim, cedeu. De um momento para outro, sua imagem mudou.
Cajado teve direito até em aparecer em selfie da deputada brasiliense Bia Kicis apontado como o político “que garantiu, em seu relatório, que o Fundo constitucional do DF fica fora do arcabouço, em uma vitória para o DF”.