31 de outubro promete ser uma ocasião muito especial para a cantora Izabella Rocha. A artista que está completando 24 anos de trajetória (depois do Natiruts e In Natura, ela segue em carreira solo esse 2015), realizará o primeiro show presencial, desde o início da pandemia. No restaurante Rústico, em São Jorge, na Chapada dos Veadeiros, acompanhada de seu sexteto, ela apresentará repertório que explora o estilo que batizou de “jazz e afins”, com canções interpretadas em português, inglês, espanhol e francês. O destaque da noite será para a música “Misteriosa Atração” (Natiruts), o terceiro single do álbum Bella a ser lançado. Simultaneamente, a música será disponibilizará nas plataformas de streaming e lojas digitais de todo o planeta.
“Esta é a segunda música do Natiruts que trouxe para o álbum. Misteriosa Atração é uma composição musical que o Alexandre Carlo fez pra mim, e eu escrevi a letra. Foi a primeira canção que assumi a voz principal no Natiruts, o que foi muito marcante na minha carreira. Eu a regravei com o InNatura no DVD ao vivo ‘Um Artista Brasileiro’ e agora quis fazer uma versão rítmica mais jazzada, com o baixo puxado para o reggae, e uma atmosfera sonora mais moderna com os teclados de Felipe Portilho“, explica.
A escolha do local e a data também são carregadas de simbolismo para Izabella, que tem a Chapada dos Veadeiros como um local sagrado no mundo, onde ela aproveita pra se reenergizar e também se dedicar ao estudo da astrologia. “Este é um dos lugares mais preciosos do planeta, literalmente, pois está sobre uma das maiores jazidas de cristal quartzo do mundo. É impossível não ser envolvido pela energia fantástica do lugar. Eu mesma me entrego completamente. Sobre a data do show, escolhi uma noite de lua cheia por ser ideal para impulsionar ainda mais o lançamento do novo trabalho”.
Das nove faixas do álbum, até o momento foram lançadas duas: “O Carcará e a Rosa” (Alexandre Carlo) e Three Little Birds (Bob Marley). Assim como nas canções anteriores, “Misteriosa Atração” será trabalhada no formato live/show, lançamento em lojas de download e de streaming, e produtos audiovisuais, como minidocs e videoclipes.
Um Novo Momento
Conhecida do grande público como uma das fundadoras do Natiruts, Izabella vem trilhando outros caminhos para além do reggae desde 2007, primeiro com o projeto InNatura, e, em seguida, sua estreia na carreira solo em 2016, com o álbum Gaia. Atualmente, ela vive o que considera a plenitude da sua estrada musical. “A música sempre me realizou e fui muito feliz em todas essas fases com os trabalhos, as experiências musicais e as vivências que me transformaram e me nutriram de várias formas. Desde Gaia eu já vinha lapidando o meu estilo, somado às minhas experiências como mãe e mulher. Mas hoje, pela primeira vez, sinto que encontrei musicalmente uma maneira muito sincera de me expressar. A realização só cresce dentro de mim“, afirma Bella.
Apesar dos novos timbres e referências, sobretudo influenciada pela diva Billie Holliday, Izabella não foge de suas origens. Ao contrário, as evidencia e homenageia. No álbum de nove faixas, entre material autoral e versões para canções de Natiruts e InNatura, o repertório visita Bob Marley, Luís Carlinhos, Rogê, Tonho Gebara, João Suplicy, Billie Holiday, standards do jazz e gypsy jazz autoral. Soma-se à delicadeza de sua voz, uma sofisticada e, ao mesmo tempo descontraída presença de palco. A mulher dona de si também traz em si a menina do reggae, conferindo personalidade à performance.
O novo álbum conta com arranjos do pianista Renato Vasconcellos e tem como ponto de partida o show “Lua Azul”, que Izabella Rocha apresentou ao longo de 2018 e 2019, interpretando canções clássicas que resgatam como notas azuis nascidas em Nova Orleans, com um toque de Reggae, Bossa Nova, Samba e Soul Music. Para apresentação do trabalho, ela se cercou de feras como Dido Mariano (baixo acústico e elétrico), Misael Barros (bateria), Moisés Alves (trompete), Josué (sax), Rodrigo Bezerra (guitarra), Felipe Portilho (Teclados) e Renato Vasconcellos (piano e teclados).
“Bella” também conta com as participações especiais de Bruno Medina (saxofone), Márcio Marinho (cavaquinho) – na música “Agora ou nunca”. –, Oswaldo Amorim (baixo), Lourenço Vasconcellos (vibrafone), Leander Motta (bateria) e Paulo André (violão) – em “Belo Amor” –, Kiko Péres (violão) e Ademir Junior (clarineta) – em “Carta pra Ele” –, Juninho Di Souza (guitarra) – em “O Carcará e a Rosa” –, João Suplicy (voz e guitarra)– em “Ansiedade” – e da filha Gabriela Dourado, dividindo os vocais em “Deus abençoe a criança”.
CARREIRA
Izabella Rocha foi uma das fundadoras da banda de Reggae Natiruts, uma das principais bandas do Brasil, surgida em 1996. Como backing vocal e cantora, ela gravou cinco discos de estúdio – “Nativus” (1997), “Povo Brasileiro” (1999), “Verbalize” (2001), “Qu4tro” (2002) e “Nossa Missão” (2005) – e fez centenas de shows pelo país.
Em 2006 saiu em busca das raízes musicais e, no ano seguinte, criou – ao lado de Bruno Dourado (percussão) e Kiko Péres (guitarrista), também ex-integrantes do Natiruts – o grupo InNatura, com o qual gravou mais três álbuns: o ao vivo “Um Artista Brasileiro” (2007, lançado em DVD), “Bossa Ragga” (2010) e “Innatura 3” (2013).
Com a maternidade – ela é mãe de Gabriela, Rafael e Elis –, entrou no contato profundo com a feminina e percebeu sua ligação com a natureza do planeta Terra, verdadeira útero para toda a vida. Esta foi a base de “Gaia”, o primeiro disco solo e autoral, lançado em 2016, celebrando seus 20 anos de carreira. Como letras foram inspiradas pelo sagrado feminino e a mãe natureza.
Em 2020, Izabella Rocha volta com o segundo álbum solo, “Bella”, onde mescla influências do Jazz, Reggae, Soul, Samba Jazz e Bossa Nova, entre versões diversas e músicas inéditas.
Serviço:
SHOW Izabella Rocha
31 de outubro
20h30
Restaurante Rústico- Vila de São Jorge (Chapada dos Veadeiros)
Ingressos: R$ 80
(Moradores do local e nome na lista R$50)